Rio 40 graus, cidade sem beleza mergulhada no caos

Maria de Fatima Delfina de Moraes

 
     Acabada a folia, a decepção foi enorme: toneladas de lixo nas ruas e cheiro acre de urina.

     Vem a tempestade e o Rio afunda-se em rios de lama, desabamentos e mortes...

     Impostos absurdos são cobrados, mas enquanto o poder público passeia, o povo paga a conta.

     Triste é saber que na ora do caos, o povo faz parte disso, quando joga lixo nas ruas: vi passar nas águas da tempestade fogões velhos, geladeiras, móveis e outras tralhas, além dos já conhecidos sacos plásticos com lixo.

     Alguns desejaram-me Feliz Ano Novo, pois acabou o Carnaval.
     Esperamos que tenha acabado mesmo, porque no fim das contas, dividindo responsabilidades com o poder público, a população precisa de maturidade, educação pessoal e responsabilidade.

     Precisamos de tudo novo, a começar pelo poder público, sabendo-se que o poder está em nossas mãos, para fazer um país e um Rio de Janeiro decente e para  que tenhamos verdadeiramente educação, saúde, moradia, infraestrutura e possamos resgatar não a beleza, mas a dignidade de um povo que já sofre demais.


 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 16/02/2018
Reeditado em 16/02/2018
Código do texto: T6255504
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