Os meus sentidos do amar
Amar pra mim é aprender a sentir o que ela sente, o que ela não sente, o que ela daria tudo pra sentir. É ver nas suas pegadas o tanto que teve de suor, de entendimento, de dor. É aceitar seus ríspidos voos com paciência e respeito. É tentar entrar no seu tom sempre que der e ela permitir. É passar a enxergar seus encantos com os sábios temperos do tempo. É reconhecer suas próprias rebarbas pra evitar que a façam sangrar mais. É exercer o perdão como se fosse Deus. É desvendar seus engasgos para chutá-los o mais longe que der. É ter a grandeza pra agigantar seus dons, virtudes, potenciais ainda no embrião. É nunca abandonar seu ofício de cuidar, de preservar, de cultivar. É descobrir que amar é possível, apesar de tudo que o tempo faz esmigalhar, destronar e, sobretudo, teima fazer esquecer do que foi gostoso, do que foi belo, do que valeu tanto a pena.
Dedicada à minha querida esposa Quézia, parceira nesses 26 anos de tantas caminhadas a dois.
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