Beleza.

Beleza.

Estava eu numa esplanada numa tarde fria de sol, quando de repente ouço uma conversa de três brasileiros, eram duas meninas gaúchas e um rapaz que não consegui identificar de onde ele era.

A menina loira só abriu a boca pra falar besteira e começa o seu discurso: “No Sul do Brasil as pessoas são muito lindas, mas quando chegamos em São Paulo, principalmente no interior tomamos um susto, eu nunca vi tanta gente feia e esquisita.”

O rapaz sem graça pergunta como assim? “Ela dispara: “Não sei te explicar! Mas o povo é feio! Mas tem uns que se salvam... fui visitar Belém do Pará e lá só tem monstro, cara é muito esquisito, eu fazia fotos discretamente das pessoas para depois mostrar para os amigos pra gente rir. Fui também na Paraíba e aquela história que eles têm um cabeção é verdade, nossa fiz muitas fotos.”

A outra moça era mais contida, ficou calada, notei que ela e o rapaz estavam sem graça porque ela falava muito alto!

Como eu estava de costas resolvi me virar para ver melhor a beleza daquela moça que falava tanto de feiura.

Comecei a observar, ela era loira e tinha um cabeção, boca pequena, bochechas de Fofão, olhos azuis redondos vidrados de boneca, era cheia de um vazio que transbordava pelos “belos olhos azuis.”

Ela se achava LINDA, para poder depreciar o que era diferente dela, o cabelo dela era loiro e ralo, imaginem um cabeção com cabelos ralos... seu pescoço era fino, ombros de pinto, corpo mirrado, peito limão na meia, sem bunda.

Passou milhares de filmes em minha cabeça numa velocidade incrível, foi como se eu estivesse num cassino e quando a roleta parou não deu outra: Estava ali na minha frente: CHUCKY, O BRINQUEDO ASSASSINO!

#vsnocotidiano

Velto Silva
Enviado por Velto Silva em 27/02/2018
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