ATP 500 Rio Open

Do dia 17 a 25 de fevereiro do ano em vigor, no Jockey Club Brasileiro, na cidade do Rio de Janeiro, aconteceu o ATP (Association of Tennis Professionals) 500 Rio Open, em piso de saibro, maior torneio de tênis da América do Sul, e que acontece desde 2014. Uma grande atração para os amantes do referido esporte.

No Qualifying os quatro brasileiros Guilherme Clezar, João Souza, Thiago Wild e José Pereira, que disputaram vagas para a primeira rodada foram derrotados. Perderam para Alessandro Gianness (ITA), Carlos Berloq (ARG), Corentin Moutet (FRA) e Gastão Elias (POR).

Os melhores do ranking brasileiro Thiago Monteiro, Thomz Belucci e Rogério Dutra Silva foram eliminados logo na primeira rodada. Cederam as vagas para Pablo Cuevas (URU), Fábio Fognini (ITA) e Albert Ramos-Vinolas (ESP).

Os melhores ranqueados da ATP a disputar o torneio foram: Pablo Carreño Busta (ESP), número 10, Marín Cilit (CROA), 6 , Dominic Thiem (AST), 5, campeão de 2017, que veio defender o título, e Gael Monfils (FRA), que foi top 10. Nenhum destes chegou à semifinal; foi uma grande decepção.

Nas duplas os campeões foram: David Marrero (ESP) e Fernando Verdasco (ESP) que venceram N. Mektic (CRO) e Alexander Peya (AUS) por 2 sets a 1, parciais 7-5, 5-7 e 8-10. Desde a primeira edição nenhum duplista brasileiro chegou à final. O mineiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray perderam na semifinal para os espanhóis Fernando Verdasco e David Marrero por 2 sets a 0, parciais 6-4 e 6-4. Soares chegou à semifinal em todas as cinco edições, o que é não deixa de ser uma façanha.

Os semifinalistas de simples foram Fábio Fognini, que perdeu para Fernando Verdasco por 2 sets a 0, parciais 6-1 e 7-5; e Diego Schwartzman que derrotou Nicolas Jarry (CHI) por 2 sets a 0, parciais 7-5 e 6-2. A final inesperada foi entre Schwartzman e Verdasco. Schwartzman venceu por 2 sets a 0, parciais 6-2 e 6-3, e nem era o favorito.

É o 1º título de Schwartzman em ATP 500 e o 2º na carreira em dois anos, que apesar de baixa estatura, 1,70 m, apresenta muita solidez na defesa e ataca com muita variação, e vem subindo no ranking em tão pouco tempo. E com 25 anos apenas é uma promessa do tênis argentino.

Os brasileiros que não figuram no top 100, mais uma vez decepcionaram, e com ranqueamento baixo não podem disputar Grand Slam e Master 1000. A luz vermelha do tênis brasileiro está acesa há algum tempo. O tênis 5º esporte mais popular do país precisa de investimentos tanto do poder público quanto da inciativa privada, para que se revelem novos talentos. É preciso criar torneios de âmbito nacional. É preciso ainda introduzi-lo em escolas e universidades como grade curricular. Pelo contrário, a tendência é piorar.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 02/03/2018
Reeditado em 16/09/2018
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