Valei-nos São Longuinho

 
Encontrar alguma coisa que a gente perdeu não é fácil, dependendo da coisa perdida a dificuldade de encontrar a coisa só aumenta. Às vezes a coisa é de fato perdida, noutras não se trata de perda, e sim de esquecimento do lugar em que a gente colocou a coisa. Nesse caso a gente para, pensa no passo a passo do momento em que a coisa estava em nossa mão, promete três pulinhos a São Longuinho e vai a caça da coisa.

Vale ressaltar que há coisas que a gente perde e que são impossíveis de serem recuperadas. Não detalharei coisas dessa natureza, reflita sobre o tema, é sabido que recantista adora coisas reflexivas.
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Você já se sentiu perdido? Não perdido no espaço geográfico-topográfico, mas interiormente, intimamente, sem saber que rumo tomar diante das coisas que acontecem ao seu redor. Acredito que a maior parte da população mundial vagueie nesse limbo de incertezas.
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Alguma coisa em nós se perde quando chega ao nosso conhecimento a existência de um MOTEL dentro da Cadeia Pública do Rio de Janeiro para servir aos condenados da operação lava a jato.
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Alguma coisa em nós se perde quando uma desembargadora do estado compartilha em rede social texto denegrindo o caráter e a honra de uma mulher que foi covardemente assassinada.
 
Desembargadora Marilia Castro Neves
“A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, diz a desembargadora, sem apresentar qualquer prova que corrobore com a afirmação.

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Estamos todos perdidos. Quantos pulinhos dedicados a São Longuinho serão necessários para nos reencontrarmos?



 



 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 19/03/2018
Reeditado em 19/03/2018
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