HISTORIAS DA VILA - comércio

Histórias da Vila

COMÉRCIO

Diante da necessidade de consumo, os primeiros moradores da vila, tinha que se deslocar grandes distancia para fazerem as suas compras, com isto, começaram a nascerem às primeiras vendas e botecos do local. Muitas fecharam as portas com pouco tempo e outras se mantiveram por longos anos.

Na rua que dava acesso a vila, a Rua Lagoa da prata, tinha alguns comércios, como a padaria do Sr. Zé, que forneceu durante muitos anos o pão e o leite para a comunidade, havia também o bar do Picolé, o bar e mercearia do Almir e mais em baixo a mercearia do peg e leve, o bar do !"Seu" Manoel, o bar do quebra-galho e depois vieram à lanchonete do Messias, o bar do padeiro e outros

Más as que queremos falar mesmo são dos comerciantes de dentro da vila, com suas vendas e bitacas, vamos começar pela venda do Sr. João da D. Vicentina, o atendimento era feito pela janela a qualquer hora do dia e da noite, tinha que chegar chamando, ali se vendia cachaça, balas, doces, temperos, sendo que o que fazia mais sucesso eram os picolés de forma de gelo que sua filha, Vilma, fazia, em uma época que poucas casas tinham geladeira. Em frente, à concorrência era pesada, pois a Dinah também tinha a sua barraquinha, esta já com balcão onde os cachaceiros paravam para beber suas pingas.

No aspecto esportivo, o bar que se destacava era o da D. Vitoria, pois ali funcionava a sede do time de futebol da vila, o Ajax futebol Clube, durante a semana as pessoas se reuniam ali para discutir os problemas do time e colocar a resenha em dia, e aos sábados e domingo a movimentação era enorme, pois dali partia os ônibus e veículos em direção aos campos que seriam realizadas as partidas, era uma festa constante.

E a boemia como ficava? Esta se reunia no bar da D. Luíza, na Rua Itanajé, o local era marcado pela mesa de sinuca e presença constantes de homens e mulheres que gostavam de beber e ficava ali a procura de um parceiro. Já na rua de cima, a Araruama, se localizava o bar do Sr. Zico, um misto de bar e mercearia, onde se vendia de querosene a agulhas e era um local onde as crianças viajavam em um baleiro giratório.

Já na Rua João Caetano, um dos primeiros a ter comércio, foi a família do “Seu” Zé Pescoço e depois vieram outros, como o bar do Quim, Bar do Zé Antônio, a mercearia do Rogério e outros, más o mais afamado foi sem duvida o bar do Manoel, tanto pela figura do dono como pela “cachaça” ali servida.

Houve outros que se estabeleceram, e durou pouco tempo, sendo estes narrados acima os que tiveram vidas mais longas.

Charles Vagner
Enviado por Charles Vagner em 19/03/2018
Reeditado em 22/03/2018
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