O Bêbado e o Doido

 É comprovadamente comprovado e impossível de não se ver um bêbado dormindo ao relento, jogado pelos cantos escuros dos bares e ruas estando sujeitos a doenças e até mesmo maldades cometidas por vândalos.

 Quando vemos uma situação dessas, de imediato a nossa primeira reação é o repudio. E em menos de poucos segundos nosso cérebro do lado pensante nos faz ter outra imagem daquela mesma cena, agora a reação é de pena.

 Também não passa despercebido nas ruas da cidade aquela pessoa que causa repugnância, desconforto e até mesmo nos faz segui por outro lado quando vemos um ou vemos uma. No geral, estas pessoas, e as mais comuns são homens, vivem, melhor dizendo, sobrevivem pelo que recebem dos que encontram nas ruas, nos lixos das feiras publicas e nas lixeiras espalhadas por toda a cidade.


 Estas pessoas, e em pouquíssimos casos, há também crianças, e para algumas pessoas são também tidos como desnecessária e não traz nem uma ajuda social ou econômica para a sociedade em que desmerecidamente (para estas algumas pessoas)vivem.

 Mais é só um pensamento e não a realidade nisso. A realidade pode ser ainda pior. Há realidade sim e são dois pensamentos.



 Seria sim apenas um se algumas pessoas não fantasiasse a ideia de que estas pessoas vivessem em outro mundo e que elas também vivessem em outro, como se existissem outros. Quanta hipocrisia é apenas um mundo habitável (até agora) chamado terra.

Vivemos e coexistimos na mesma sociedade que eles, os novamente (para alguns) menos afortunados, e isso é lógica exata e não a equação que muda a variável da realidade. De alguns que pensam ser mais importante que outros.

Pare e pense por alguns segundos e imagine a cena. Se um bêbado encontrasse um doido que lhe desce água benta não santificada. Seria coreto dizer que o doido é doido só porque deu água destilada extraída da cana-de-açúcar ao bêbado?


O que nunca perguntamos e que seria sim a pergunta correta a ser feita, porque o bêbado aceitou? Feita a correta pergunta; seria dizer que o doido é de foto o bêbado que aceitou sem nem uma ameaça a sua integridade física, a desmineralizada água de procedência alcoólica dada pelo doido?

É questão de lógica, raciocínio, e um pouco de observação, note que um bêbado não precisa trabalhar para beber, ele bebe porque trabalha. Qualquer ser humano de um mínimo de raciocínio compreensivo daria a um doido, bebida alcoólica. Assim sendo, trabalhar para ele é beber mais ainda. 


Mais o outro lado da moeda que deveria ser diferente afirma que o mesmo ser humano com aquele mínimo de raciocínio daria sim, ao bêbado uma garrafa da pura energia estonteante.

Fala-se de um doido pelos seus valores inversos, estes mesmos valores para um bêbado não existe. Ele bebi, faz confusão, machuca e se machuca, chora, lembra-se da esposa, dos filhos, fica rico e fica pobre tudo em questão de uma bela garrafa de água que passarinho não bebi.


Entendam que água é esta somando estes dois números, cinco mais um, e eles preferem a de ouro, assim eles também são garimpeiros e quando tudo está para acabar, são fazendeiros e ainda é poeta. Mais nunca vi um bêbado pescador, eles dizem que não menti.

Imagine um doido poeta, é improvável. Um poeta bêbado, isso sim é provável e cômico ao mesmo tempo. Um bêbado doido, já o é em sua própria natureza e isso é mais provável. Mas um doido bêbado é o fim de uma civilização que luta para ele fique sempre sã.

O absurdo da vida é que estes dois seres menos prezadamente visto pela sociedade por não serem legalmente aceitos pelos dons enlouquecidos que ambos tem, o bêbado mal visto pelos seus distúrbios de embriaguez, o doido pelo seu excesso de raiva e descontrole mental, estes dois seres encontra-se no mesmo ambiente em que vive os considerados eleitos da sociedade, aqueles que acham que vivem num mundo diferente destes dois seres humanos rejeitados.

Poderia escrever até que o bêbado ficasse doido ou o doido ficasse bêbado, ou até mesmo que os dois fossem vistos como pessoas, e que as outras pessoas não os rejeitasse nem os maltratassem. Da maneira deles e do jeito deles, eles só querem viver, ou sobreviver em meios a dificuldades que passam todos os dias. Dentre as quais, rejeição e preconceito.

Lembra-se da pergunta correta a ser feita, e esta é a oportunidade de fazemos esta pergunta.

Quem é de fato o bêbado?
Quem é de fato o doido?

Todos nós nascemos, vivemos e moremos. Porque plantar uma diferença?
A Sales
Enviado por A Sales em 20/03/2018
Reeditado em 05/01/2021
Código do texto: T6284998
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