RAPARIGA.

Carolina casou com Januário, já de certa idade mais sábio dos percalços que a vida nos impõem. Carolina morena nova bonita de chamar atenção. Vida de cidade pequena todo mundo se conhecia. Um converser danado a respeito do casal.

Antonio da Silva comerciante novo, abastado financeiramente. Se interessou da morena. Logo a cidade ficou sabendo. Ela disse pro marido:

___Seu Antonio tá querendo alguma coisa.

___Apos não dê mulher.

E as beatas diziam em coro:

___Rapariga, Rapariga.

E passavam os dias.

Carolina dizia: seu Antonio tá insistindo Januario. Disse que era so uma vez e que me dava uma corrente de ouro.

___ Então dê. Depois lava bem com água morna e sal.

As beatas da rua diziam:

___mulherSanta! Mulher Pura!

E assim foi feito Carolina deu.

Chegou em casa jogou a corrente em cima de Januário e disse:

____Toma que é tua.

Arrumou as malas foi morar com seu Antonio.

E as beatas da cidades dizem:

____Rapariga, Rapariga, Rapariga.

Felix Chaves
Enviado por Felix Chaves em 20/03/2018
Reeditado em 20/03/2018
Código do texto: T6285874
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