A violência sentou no sofá para nos assistir

A violência é contagiosa como uma cólera, e nosso país enfermo está na UTI há tempos.

Particularmente, não tenho acepção por crimes, seja lá qual for, o que não é certo é comete-lo.

Sexta-feira passada (16/03) no complexo do alemão uma criança de 1 ano e pouco foi atingida por uma bala "achada", ou seja, infelizmente é algo que vem sendo corriqueiro, nós temos enfrentados ao longo de nossas vidas verdadeiras lutas pela sobrevivência nessa selva de pedra.

Tenho visto tantos comentários antagonistas sobre o caso do assassinato da vereadora Marielle, que sinceramente não quero me posicionar a nenhum dos lados. A neutralidade que imponho no momento é em prol a não discussão de que A é melhor que B. Vocês estão cegos? Não importa se era vereadora, não importa se era criança, não importa se era branco, não importa se era mulher, não importa se era viciado, não importa se era homossexual, não importa se era gente... O que importa que mais uma vez o ódio é exalado em todos os âmbitos, uns querem ser os donos da verdade, outros querem apontar, mas na real, eu sinceramente me importo por ser uma vida, seja ela qual for.

O direito de viver vem acima de qualquer outro direito, essa maldade cotidiana se alarga, infesteia nossos lares, nos fazem refém e somos obrigados a baixar a cabeça e continuar sobrevivendo.

A intolerância está alojada dentro de nós como um tumor, ela corrói, só não esqueçam disso...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 21/03/2018
Código do texto: T6286270
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