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       Aquele apito de trem sempre no mesmo horário e, o morro em frente à minha casa faz-me recordar. Há magia quando as pessoas moram no mesmo bairro, na mesma cidade e, lidam muito bem com isso. Além do tempo , além das lembranças, além de um passado. Existem pessoas que curiosamente, hoje evitam mudar de casa, de cidade, de estado e de país. Admiração tenho por estes seres humanos que moram e fazem questão de morar na mesma casa que nasceram.       
    Tanto faz, se são 18 anos ou 68 anos que rsidem no mesmo local , chamam de felicidade, chamam de mundo particular.
     Quisera ainda ouvir as badaladas do sino convidando os fiéis para a celebação da Santa Missa. Caminhar devagar no calçamento irregular da rua onde morava e saborear um rocambole da padaria da única praça que outrora existia na cidade.
   Perto da estação onde morava havia uma esquina, onde meu gatinho preto, sempre me esperava à noite após  as aulas do Colégio .Faz muito tempo. Muitos anos se foram, mais de 40 anos e ainda posso sentir um calafrio ao recordar de um belo rapaz apaixonado que morava distante e, só podia me encontrar quando o trem passasse pela cidade.
   Meu olhos ficam lacramejando, hoje, ao relembrar da imagem dele descendo do trem com uma orquídia na mão e, dizendo que não quis sentar-se na cadeira do trem para não estragar nenhuma pétala daquela orquídia.
  Se ele ler esta crônica, vai se lembrar . José Bras era seu nome.
   Quando lembramos de fatos do passado as palavras ficam desenhadas com emoção.
    Tempo que passou. Recordações que perduram.

 
zemary
Enviado por zemary em 24/03/2018
Reeditado em 24/03/2018
Código do texto: T6289126
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