As flores solitárias...

É domingo. Acordo preguiçosa.

Faço um café, olho a serra pela janela, como ela fica iluminada num dia ensolarado... Parece um tapete macio, tons entre o cinza e o musgo, não vejo daqui nenhum dos arbustos que são abundantes ali. As flores, também não as vejo. São muitas, rústicas, crescendo solitárias entre as pedras. Ninguém para contemplá-las. Vivem na duração de um poema, liberam perfumes e se doam aos pássaros e às borboletas... E não há ninguém para vê-las...

Sorrio... Como assim? O homem se acha o centro do mundo, talvez sim, as flores sozinhas da serra, sejam contempladas também pelas estrelas, que na noite serena, as façam companhia tornando-lhes tema da mais bela poesia... Orvalhadas de sereno, prateadas pela luz da lua, mergulhadas em profundos silêncios.

Há, também na serra, flores solitárias...

Cláudia Machado

Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 01/04/2018
Reeditado em 01/04/2018
Código do texto: T6296643
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