Na escuridão, houve desejo ardente de luz e ação
O coração, com seu jeito direto e tom real decretaram certeiro as palavras.
As propagadas iluminaram o candeeiro de Flandre
Tinha tudo para irradiar e seguirmos como se jamais houvesse obscuridade
Mas o odor da querosene incomodava
O calmoso, estava em uma boa posição e não abriria mão
Quem precisava estudar, gostava da baixa luz e criava animais nas sombras
O inquieto andarilho, acreditava que ofuscava a luz da lua
E os fiascos de palavras continuavam a sair destemidas de Flandre
Uns riam da sua fonética
Outros da sua expressão
E elas saiam abrasadoras
A ponto de deixar o breu prevalecer
Para uma lagrima correr
120 palavras expostas antes, recuaram calmamente
em reverencia desculparam-se.
Retiraram seus fiascos
pularam do candeeiro
Para a vela dos 7 anjos
E dali ficavam alternando entre um livro e outro
Entre a capa e contra capa
entre a dedicatória e sua moral
Entre o Sarau e a Sara
Se contorceu para caber apenas e unicamente ali
Esperando a hora de cegar, quem se encorajar
A uma de suas folhas iluminadas abrir.
Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 02/04/2018
Reeditado em 14/04/2018
Código do texto: T6297169
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