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Por volta de 1987, viajando pela Rodovia do Boi, entre os municípios de Mozarlândia e Araguapaz, Goiás, aconteceu um caso inusitado.
Vejamos:
Eu morava, em um Hotel, na cidade de Araguapaz, onde trabalhava como Agente Arrecadador (Coletor de impostos).
Certo domingo, à tarde, eu vinha de Mozarlândia, dirigindo meu Chevette 84, ouvindo música sertaneja, no meu toca fitas.
Eu estava em velocidade normal, mas de repente, uma Perdiz atravessou na frente do carro, com isso, acabei atropelando a ave.
Fiquei triste, mas parei o carro no acostamento e fui apanhá-la e percebi que ela estava sem vida.
Peguei a ave, coloquei-a dentro do carro e pensei:
Não posso abandonar essa ave aqui, pois, é como se ela fosse uma galinha. 
Segui viagem e logo vi de longe uma Casa de fazenda, do lado direito da rodovia. Então, entrei numa estrada de terra e cheguei logo na propriedade.
Parei o carro, logo apareceu um homem na porta da casa e um cachorro na frente do carro, latindo sem parar. Acho que o cão, sentiu o cheiro da Perdiz, de longe.
Desci do carro, meio com medo do cachorro, mas seu dono, pediu para ele se afastar e ele obedeceu.
Aproximei do homem e disse:
Boa tarde...
O homem, sério, respondeu: boa tarde, o que o senhor deseja?
Eu disse: estou meio perdido, pois procuro um amigo que mora em uma Fazenda por aqui.   kkk...
Acabei montando uma mentira ou desculpa, para disfarçar.
Ainda bem que o homem não me interrogou e ainda me convidou para entrar em sua casa.
Na casa, havia o marido, a esposa e duas filhas, uma com 13 e outra com 16 anos de idade.
Entrei, sentei em um tamborete, na sala e ficamos conversando, enquanto a esposa e as meninas foram para a cozinha, fazer um café.
A menina mais nova, estava descalsa e ficou de rabo de olho, encostada no portal da cozinha, nos observando e tentando ouvir a nossa conversa.
A menina mais velha, era linda, com olhos e cabelos castanhos e estava de shortinho e blusinha amarela.
Ela, se aproximou de mim e me serviu o café, me olhando com sorriso meio tímido, sem piscar. Fiquei encantado, quando senti aquele perfume natural, vindo de seus cabelos e do seu corpo.
Depois de muita prosa, eu disse: Tenho que chegar em Araguapaz, antes de escurecer.
A mãe das meninas, disse: espere para jantar, com a gente.
Eu disse: bem, estou com uma Perdiz lá no carro, que atropelei e se a senhora quizer...
Ela respondeu rápido: Bão demais, então temos uma Perdiz, para a janta.
Eu disse: tudo bem... Eu espero para jantar, com vocês. 
Tomei até um gole de pinga, para relaxar, oferecido pelo futuro sogro.
Jantei com eles, com um olho no prato e outro na menina mais velha.
Conversa vai, conversa vem, acabei alugando a casa deles, em Araguapaz, pois estava fechada e eu tava querendo sair do Hotel.
Depois de alguns meses, nesse vai e vem, comecei a namorar a filha mais velha do casal.
Aquele homem sério e simples, da Fazenda, até aprovou o namoro.
Não casei com a menina, pois ela só tinha 16 anos de idade e estava cursando o segundo grau.
Tempo bom, que passou e não volta mais.
PAIXÃO VAI, MAS SAUDADE É DEMAIS...
Jaime Teodoro
Enviado por Jaime Teodoro em 03/04/2018
Reeditado em 22/04/2019
Código do texto: T6298464
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