Um vendedor de livro na feira do Rato

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Feira do rato é comum em São Paulo. Cada bairro tem a sua. É um lugar interessante para um escritor analisar pessoas e ter ideias. Lá encontramos todo tipo de gente, todo tipo de história. Tem Haitiano, Boliviano, Chileno, Coreano, e claro tem Brasileiro.

E foi um Brasileiro que me chamou mais atenção, pelo produto que ele estava vendendo na feira. Em lugares como esse encontramos quase tudo, tinha som, roupas novas e usadas, brinquedos, cds, vinis, chapeis, tênis, peças de carros e motos, cédulas antigas, whisky falsificado e infelizmente, eles vendem até mesmo animais silvestres (ilegalmente).

Mas o personagem desta nossa crônica, vendia algo que não era de interesse da maioria das pessoas que passavam por ali. Ele vendia livros e sua barraca foi a única que conseguir chegar perto e ser atendido rápido. Pois as outras estavam cheias de pessoas querendo comprar produto barato, sem saber de onde vem...

Esse vendedor de livro, era também um leitor e me falou: Pow, este livro iria pegar para ler, mas já que você comprou... Pretendo levar o livro para ele depois que ler, pois o conhecimento deve ser passado... Mas não posso falar muito, lá vem o rapa, corre!!, CORREE! Não podemos perder a mercadoria, que no meu caso, são as palavras...