O HOMEM QUE NÃO QUERIA MORRER

O HOMEM QUE NÃO QUERIA MORRER

Mário Osny Rosa

Antes da atual evolução da medicina em que as pesquisas anunciavam o começo da descoberta da penicilina e posteriormente com o avanço do câncer certo homem muito rico que não queria morrer sofria de um câncer ainda não identificado e sem remédios para o mesmo curar. A medicina da época não tinha muitos recursos para um tratamento efetivo o curasse, somente tinha o conhecimento de algumas pesquisas e que chegariam a medicamentos no prazo de quinze anos, para curar aquele tipo de câncer ainda desconhecido. Pois ainda tinha muita pesquisa a fazer até o mesmo fosse liberado para o uso no ser humano, como de praxe acontece, pois os testes iniciais são feitos em animais que servem de cobaias para a tal finalidade.

Aquele homem rico de muito poder pediu ao seu médico como esperar todo o tempo previsto para a chegada daquele medicamento, e o que fazer não queria morrer sem tentar com o dito medicamento viver mais uns anos e desfrutar da tecnologia que tinha a esperança de conhecer e usufruir a mesma quando estivesse curado do câncer.

O médico, Doutor José, no entanto passou a explicar ao seu cliente de uma possibilidade que era usado no exterior, numa tentativa de prolongar a vida até a chegada do novo medicamento.

O homem rico de nome senhor Silva fala:

- Doutor José explique é feito isso no exterior?

O médico passa a relatar:

- Uma equipe médica através de um lento congelamento da pessoa, que através de um documento afirma querer se sujeitar a tal tratamento tudo com o devido registro em Cartório.

A base de Nitrogênio líquido, que chega a uma temperatura negativa de C° -275 graus e o deixam lá nessa conserva até que chegam o novo medicamento e num posterior momento descongelar o mesmo para fazer o tratamento como se faz hoje.

- Doutor José, já tem teste de que a pessoa fica viva todo esse tempo?

- Sim esse método é usado há muito tempo quando se guarda sêmen de animais quando se procura melhorar a qualidade dos animais com inseminação artificial, e de pessoas humanas para inseminar mulheres quando os maridos não têm sêmen de boa qualidade e quer ter um filho, uma prática muito comum em países mais avançados no campo da pesquisa.

Depois dessa conversa com o Doutor José o senhor Silva manda chamar seu filho de nome Artur e fala:

- Meu filho hoje eu tive uma conversa com o Doutor José sobre a minha doença e ele me falou de um congelamento para que eu esperasse um medicamento que deve surgir em alguns anos para a minha cura.

- O que o senhor quer que eu faça?

- Que vamos junto ao cartório para fazer uma declaração para este procedimento que ele vão fazer comigo e ainda mais eu devo passar uma procuração para que você administre meus bens até eu se descongelado daqui a alguns anos.

Pai e filho vão ao Cartório e fazem toda a documentação e retornam para casa.

No dia seguinte voltam ao consultório do Doutor José para os acertos finais para fazerem o congelamento do Senhor Silva.

Chegando lá foi atendida pela secretária do médico a enfermeira Ana Maria:

- Bom dia Senhor Silva como vai?

- Vou bem, o Doutor José se encontra?

- Sim, vou fazer as anotações de praxe e depois eu encaminho o senhor para a consulta.

- Certo aguardamos o momento de sermos atendidos.

Pai e filho ficaram sentados na sala de espera do consultório do Doutor José até o momento da chamada.

Seu filho o faz uma pergunta:

- Papai o senhor perguntou quanto custa esse tal de congelamento ao Doutor José?

- Esses detalhes vão tratar hoje estou decidido a fazer e os custos é de menos você vai resolver tudo, pois lhe deixei uma procuração com amplos poderes, e dinheiro para isso não faltará.

Nesse momento surge na porta da sala de consulta o Doutor José:

- E diz Senhor Silva pode entrar com o seu filho.

Eles entraram na sala do consultório sentaram na cadeira na mesa de atendimento do médico que logo indagou:

- Já prepararam toda a documentação necessária?

- Sim respondeu o senhor Silva.

Ele entregou a Declaração ao médico, que a leu e disse:

- Senhor Silva agora está tudo pronto para fazermos o serviço.

O senhor Silva indagou do médico:

- Qual seriam os custos de tal providência?

- Temos os custos médicos de acompanhamento e os custos de guarda até o momento que surgir o medicamento.

- Em que valor isso é estimado?

- O valor será de Cr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros) os serviços médicos e mais Cr$ 100,00 (cem cruzeiros) mensais o aluguel da câmara que ficará seu corpo até o momento em que o medicamento for colocado a disposição para ser usado no ser humano.

Depois que tudo foi acordado o médico marcou o dia do procedimento em que o senhor Silva iria ao hospital e toda a equipe estaria preparada para o referido congelamento.

Nesse dia o senhor Silva se de pediria da família e iria se submeter a um teste médico de sobrevivência em que com o congelamento até a doença pararia de evoluir.

O senhor Silva chegou ao hospital alegre e assim falou:

- Dr. José estou muito contente em poder contribuir com este teste para o desenvolvimento da ciência médica do meu país e do mundo.

O Dr. Silva e sua equipe elogiaram as palavras do senhor Silva.

- Muito bem que o senhor tem essa força de viver diante de tantas doenças que no momento proliferam nesse globo terrestre, só assim a ciência agradece a sua disponibilidade em contribuir para esse progresso científico.

A equipe começou o trabalho que durou mais de dez horas até que o corpo estivesse pronto para se colocado na câmara fria a base de Nitrogênio líquido, quando foram dados por encerrado os trabalhos. E onde o corpo do senhor Silva ficaria internado até o descobrimento pela ciência do medicamento para curar sua doença, pois nesse momento relataremos a segunda parte desse conto.

São José/SC, 30 de agosto de 2.007.

morja@intergate.com.br

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Asor
Enviado por Asor em 30/08/2007
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