Você apoia a causa?

Hoje retornando de um compromisso, deparei-me com uma cena que apesar de rotineira ainda choca-me bastante. Em um típico bar de esquina comum em minha cidade, havia um carro com seu porta-malas levemente aberto entoando uma música de pouca riqueza em sua letra, melodia e ritmo – que faria grandes nomes da música clássica como Beethoven se revirarem nos túmulos. Ao lado algumas pessoas em uma mesa, entre eles um grupo de homens sentados e duas mulheres de pé exibindo-se quase que em um ritual de acasalamento, uma delas aparentando menos de dezoito anos. Ali, em plena tarde de uma quinta-feira ensolarada, onde pais e filhos transitavam pela rua retornando de suas escolas, deparando-se com aquela cena de lascívia. Pergunto-me onde será que perdemo-nos? Desde quando nossos valores foram dilacerados? Sim caro leitor, devemos isso a um homem, o filósofo italiano Antônio Gramsci. Mas essa inversão não foi rápida, foi um processo lento, gradual e incisivo – o monstro invisível e onipresente. Essa geração, acostumada ao prazer de embriagar-se e ter quantas parceiras lhes for possível lhes dando alguns minutos de êxtase.

Tenho 18 anos, mas às vezes sinto que nasci no século errado. Não vejo mais o amor pela pátria, apenas vejo ódio por essa mãe gentil que em seu seio nos abriga. Famílias que sofrem com filhos alcoólatras, drogados e que não respeitam seus próprios pais, tudo isso devido ao progresso da causa revolucionária. Isto é, meus amigos a chegada do comunismo, que há anos avança sobre as famílias destruindo-as e subvertendo suas bases. E quando ele chegar não se assuste, pois você foi avisado lá no começo, passando por aquelas pessoas que se exibiam e você achava aquilo normal. Sempre que você apoiou um aborto você apoiou a causa, sempre que repetia o discurso tantas vezes usado sem mesmo acreditar naquilo, tu apoiaste a causa. Não te surpreendas se alguém adentrar por sua porta e te disser que não és mais dono do teu lar, agora tudo que tens é da causa.