"Ociosidade"

Há um ditado que diz que quem fala o que quer, ouve o que não quer. E quem escreve o quer, lê o que não quer?

Certamente esta tônica aqui não se aplica. Divirto-me, relaxo e me realizo escrevendo, mas repousar os olhos, só se for sobre uma construtiva leitura. Não é propriamente que o ócio não produza nada. Pelo contrário, é na ociosidade que a produção da criatividade se revela a todo vapor. O trabalho enobrece, mas a folga também enaltece. Não somos feitos de ferro, e nem a vida é pra ser levada a ferro e fogo. Folgar é preciso de forma tão latente que o dia mais quente será aclamado como o ápice do verão. Visto meu calção, ponho meu boné, calço as sandálias do Hawai, afinal pra quem quer se divertir qualquer boa onda fica logo ali.

Talvez este fosse o discurso de um desocupado senão se tratasse de alguém que muito pouco tempo encontra pra rever os velhos amigos. Não por arrogância ou por altivez, mas simplesmente porque era uma vez...

...alguém que sempre encontrava tempo para pescar mais do que qualquer coisa. Nostalgia que me contagia e faz enquanto não é tarde, pisar no freio ou tirar o pé do acelerador e voltar à uma época em que era bem melhor a pé.

Você tem fé? Então pode crer que nem tudo está perdido, nem mesmo o precioso tempo.