Pedra dos Sonhos

Pedra dos Sonhos

Desenho dos anos 90 (TV Brasil) o Senhor dos Sonhos, era o mago do bem que protegia a pedra dos sonhos lutando contra o mago do mal que queria destruir a pedra para propagar a praga do pesadelo no mundo dos sonhos. Todo dia era a mesma resenha, a mesma labuta.

A mesma luta interpretada na novela Irmãos Coragem (assisti o remake tbm anos 90) tanta miséria e labuta junta, onde predominava o sonho do coletivo que consistia em obter riqueza, fartura, felicidade e vida plena.

Eu nunca vi, até hoje um trabalhador braçal enriquecer. Sério.

Diante disso cresce em mim a chama do anarquismo, somos oprimidos, usados como os descartáveis. Nunca deixaremos de ser escravo dos patrões, governo, dinheiro, sucesso ou amor do outro.

Nos últimos quatro anos conheci pessoas que soltaram frases interessantes "realização para mim é banhar em uma ducha quente, água abundante" outra dizia; "a minha está em comer bem" outras em sua maioria era vestir-se bem, sentir-se bonito, altivo, e outras sonhavam "encontrar a alma gêmea".

Eu não quero nada gêmeo. Duas de mim dão em cupim. Já basta minhas reminiscências.

Onde estão os sonhos desse povo? Está no trivial? Ou está lá no profundo da alma, do espírito ou da física quântica. Muitos nem sabem o que querem.

Sonho é muito subjetivo, íntimo e especial também. Move as pessoas, arrisco com todo respeito; a achar que até mais que a fé já que todos sabem que ela move montanhas.

Sonho vai de acordo com cada necessidade porque vivemos uma eterna competição. Não se vive mais momentos, vamos todos agora aprisionar qualquer coisa em selfies. Para quem quer se sair disso aguarde o rótulo de aberração, de esquisitão.

Guardar para si seus sonhos tornou-se uma afronta, sentimos uma pressão latente em abrir o baú da intimidade, ser reservado a cada dia que passa é levantar um muro de contenção nas relações sociais. Ou você está doente ou com o rei na barriga, depressão ou é antissocial.

Diga qual o sentido disso? Para realizarem seu sonho por você? Com o tempo você percebe que é uma questão de sobrevivência.

Não é o fato de entregar de mão beijada e sim o que farão os detentores da informação privilegiada ou do sonho alheio, ou da disputa de um objeto qualquer, ou uma promoção no trabalho ou de um relacionamento. De tudo se pensar mais profundamente.

Sabe aquela frase ninguém ou nada é insubstituível. E não é. Em parte.

O exemplo de um cozinheiro, o cheiro do seu tempero, o gosto da sua comida nunca será igual ao de outro, características como dom, competência e carisma não se passa feito osmose ou herança. Um simples bordado, um ponto de crochê saem distintos, as palavras expressadas por um escritor então...Um trabalho primoroso, a perfeição e o sucesso de quem o faz é único!

O povo acha que a vida é a dança das cadeiras. Hum. Por isso dou risada quando ouço pessoas dizerem que "melhor que eu não encontram" Encontram sim! Tanto pior como melhor.

Interessante essa colocação em relação a pessoas tóxicas.

Veja bem. Nossos corações são como portas...não de palha, madeira, nem de concreto como a casa dos três porquinhos. Corações são como portas soldadas. É aço puro.

Só as chaves certas conseguem abri-las. A chave da educação, carinho, lealdade, respeito e etc.

Não existe uma chave mestra. Para cada um há a chave certa. Se emoções e sentimentos são assim, quem dirá sonhos e desejos.

Não adianta fazer como o personagem (acho que era Ivan) um dos irmãos coragem, que cansado de tanta matança, destruiu com uma machado uma enorme pedra de diamante em pedacinhos no garimpo. Uma pedra de sonhos se preferirem.

O pobre quis ter uma vida de paz tentando realizar sonhos por meio do seu trabalho, mas a ganância não deixou.

Não funciona assim.

Para cada um há o remédio para cura de sua doença. Para cada sonho há o mago do mal querendo sua pedra, para cada porta há a sua chave, para cada alma que sofre há um sorriso que a alcance...

Façam projetos, planos, mesmo que pareçam impossíveis.

O que é seu será seu.

Só nos resta realizá-los, todos os sonhos. Seja ele qual for.

Priscila Ferrer
Enviado por Priscila Ferrer em 10/05/2018
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