Carta para Mel

Justamente no dia do meu aniversário, não poderia ter tido presente mais abençoado do que a sua aparição no nosso meio. Tudo ainda está bem nítido na minha memória, era o dia 02/02/2002, ainda cabreira, fragilizada, aquela cadelinha da raça Poodle Micro Toy nasceu, na verdade ela já deveria ter uns 45 dias, mas na minha concepção é como se ela tivesse nascido aquele dia.
Devido a sua aparência tão doce, tão meiga, Mel fostes o teu nome. Desde então fomos imensamente abençoado com a sua presença que inundava-nos com a sua alegria. Você era uma companheira do peito, onde estávamos, você estava presente. Quantas vezes preocupada, atribulada estava, e era você Melzinha o instrumento de Deus para consolar e confortar o meu coração.
Senão bastasse o bem que você fazia pra nós, também nos abençoastes gerando o Fred, seu amigão e do mesmo modo nosso companheirão, enchendo mais ainda a casa de alegria e felicidade. Você era uma excelente mãe, sempre carinhosa, não desgrudava do seu filhotinho.
Lembra Melzinha daquele dia que resolvi mudar radicalmente o seu visual pintando-a todinha de rosa e você ficou toda eufórica. Como você era vaidosa, amava quando eu te enchia de lacinhos, pintava as suas unhas, fazia a sua poda, e você resolvia desfilar mostrando o quanto estava linda.
Lembro-me quando estávamos em Torres, na praia para ver a queima dos fogos, e para que você não desesperasse, afaguei-a no meu peito para protegê-la do barulho dos fogos.
Sempre quando a Aline chegava de Porto Alegre, lá estava você toda renitente para recepciona-la, sua felicidade era tanta que ficava deitada com as patinhas pra cima.
Só uma coisa Mel tenho contra ti, rs. A impressão que sempre tive foi que você amava mais o Jairton do que a mim, mas pode ficar tranquila, continuarei te amando da mesma forma, especial tu sempre serás.
Triste momento foi aquela sexta-feira em que começastes a passar mal, sabíamos que a sua partida estava chegando, mas mesmo assim foi forte, guerreira e por dois dias lutastes contra aquela nefasta opressora.
Intuitivamente Jairton percebendo a sua relutância e o seu sofrimento, antes de irmos para o culto disse assim: "pode ir minha amiga, pode partir, por que no tempo que vivestes conosco fomos imensamente abençoados com a sua doce companhia, que você tenha um lugar de paz", quando voltamos novamente pra ver como ela estava, já não vivia mais e tinha partido.
O que me consola é o fato que a sua morte não teve muito sofrimento, mas mesmo na sua partida ela ainda iria continuar marcando o meu coração, pois 13/05/2018 era simplesmente o dia das mães, e sempre quando essa data repetir lembrarei ternamente da minha doce Mel, amigona do peito que por 16 anos de vida foi nossa companheira em tudo, seja nas aventuras, seja nas viagens ou seja nas mudanças. Que ela possa ter um bom lugar.

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 16/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
Código do texto: T6338119
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