Cala-me as incertezas

Cala-me as incertezas com seu relampejo noturno

Quando insisto em repetir as palavras que embebedam

Banha-me com suas águas celestiais com o leve toque das terras virgens

Deixa-me ver o lilás dos teus olhos tempestuosos

Que assustam os andarilhos errantes

Saudando-te naturalmente com meu sorriso sereno

Meus ouvidos e sentidos fecham-se a tudo que não sejam teus

Meu corpo treme como as paredes deste velho prédio, onde escondo minha própria desumanidade

Mesmo assim, acha-me e reclama com seu trovejar que cala até mesmo As luzes que os homens criaram, que me aquiete

Pois você irá lavar o chão que meus pés ousarem pisar.

Não existe muro que o homem levante que não possas derrubar

Não existe uma bolha que não possas adentrar

Muda as cores do céu com a sua presença palpável

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 25/05/2018
Reeditado em 26/05/2018
Código do texto: T6346227
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