OS FESTIVAIS DO ESPORTE CLUBE RENASCENÇA

Meu mano Zé Afonso, engenheiro de profissão e violonista por vocação, convocou-me para um encontro com Dario Hermenegildo, o "Periquito", contemporâneo nosso dos bons tempos da Renascença, figura marcante da nossa época de garotos no bairro fabril, pessoa que eu não via há décadas.

"Periquito" era um velocista nato, corredor de primeira categoria, participava sempre dos festivais do "Rena" nos anos de 1950 e ganhava todas as provas de fundista realizadas na época.

O festival começava de manhã, com grande queima de fogos, a "Alvorada", seguida por diversos folguedos como o "quebra-pote", a captura de um porco todo lambuzado de graxa solto no gramado (quem o segurasse era o dono da prenda) e outras tantas atrações, sendo a principal delas a corrida em torno dos quarteirões da fábrica de tecidos.

O "Periquito" era, invariavelmente, o grande vencedor dessa prova.

Ao meio dia faziam um grande churrasco no gramado do campo e, à tardezinha, o "Renascença" disputava uma partida de futebol com um time da várzea, como o "Inconfidência", da Vila Concórdia, seu velho rival.

Dario "Periquito" foi contemporâneo do "Caveirinha", do Tulinga, um

cara briguento e criador de casos, do Rafael, do Mazola e enfrentou nove caras quando namorava a "Çãozinha" da Vila Concórdia, morena bonita e provocante. Joel, dono da capotaria onde se deu essa entrevista, testemunhou a veracidade desse caso.

E assim, o papo rolou descontraído até que, já "mamados" e cansados, eu e o mano Zé Afonso retornamos às nossas casas para o almoço e um descanso merecido.

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B.Hte., 27/05/18

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 27/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
Código do texto: T6348063
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