O que estamos admirando de verdade?

Eu não sei exatamente como escrever esse texto, mas quero muito escrevê-lo... quero falar de uma figura pública, mas não é especificamente sobre "a" pessoa, mas vocês me entenderão.

Dia desse, eu estava no shopping com minhas filhas, estávamos nos encaminhando para a loja e no meio do shopping, muitas pessoas paradas, com celulares em punho, fotografando, filmando, muita gente atrapalhando a passagem, olhei e vi guardas, seguranças e pensei: Ai meu Deus, um assalto!

Mas não era um assalto, ufa!

Era a Gracyanne Barbosa, é assim mesmo que se escreve o nome dela, Gracyanne... a mulher, esposa, namorada do cantor Belo, que é mais conhecido pelos foras que apronta, do que pelas próprias músicas.

Pois bem, eu disse o nome dela, mas não é necessariamente sobre ela, quero deixar bem claro que a acho muito bonita, sexy e muito inteligente. Sobre o que quero falar então? Das pessoas. Aquelas pessoas que estavam atrapalhando minha passagem, aquelas pessoas com os celulares em punho. Aquelas mesmas pessoas que reclamam que estão com pressa nas filas, que os caixas estão demorando a atendê-las, que os atendentes das lojas são lerdos, que a fila do sorvete está enorme, que absurdo!

E param pra ver uma mulher só por que ela é famosa, e mulher de um cara famoso. Ela cuida do corpo (e que corpo!) e dá dicas de como devemos cuidar também. UAU!

Fico pensando em que, em quem nos tornamos... admiramos, veneramos tantas coisas e pessoas e deixamos de lado os verdadeiros heróis, passamos por eles quase todos os dias, trabalhadores, verdadeiros guerreiros, sem esboçar um bom dia, um gesto, qualquer sinal.

Não sou contra de jeito nenhum ser fã de algo ou alguém eu mesma sou. Mas não podemos deixar que nossa admiração vire um culto de adoração, é bom, é gostoso admirar alguém sim, e até nos faz bem, seguir as dicas daquela pessoa, a história de vida dela, de como ela chegou lá, mas não esqueçamos que tudo isso passa, e o que será que vai restar? O que vai sobrar de tudo isso?