O CONTRAPONTO

Não sou muita afeita a freqüentar igrejas ou templos, sempre tive receios de qualquer tipo de comunidade fechada que reduz a liberdade de pensar, mas às vezes o espírito pede socorro e vamos a esses lugares na tentativa de encontrar uma boa palavra de fé, mas nem sempre as encontramos.

Enfim, uma semana passada saí em boas companhias e fui no sábado a uma igreja na qual o padre muito tímido com uma retórica muito fraca pregava sobre um Deus pelo qual ele não tinha nenhuma paixão, percebi que meu Deus era bem melhor que aquele que se pregava por ali, então aproveitei para observar a arquitetura e as imagens, das quais concluí que estavam meio desproporcionais, semelhantes à santidade dos homens na terra.

Às vezes cumpro aquele mandamento que diz para ir à igreja de vez quando, mas como sempre volto com mais pecados que quando fui evito ir.

Segui o dito popular do “pelo santo se beija o altar” e no dia seguinte fui a outro templo, de religião distinta, se não fiquei iluminada pela da retórica sem paixão divina do sábado, fiquei menos feliz ainda pela retórica do pastor que leu um versículo bíblico e cuidou da vida dos pregadores e muitos membros de outras instituições religiosas. Eu saí uns 20 minutos antes do fim para não levantar e falar besteiras. Decidi que definitivamente o meu Deus não poderia está ali, ele estava dentro de mim, mesmo repleta de pecados, sua luz estava em mim, por isso não preciso de pregadores que se autodemoninam santos e esquecem até de Deus no discurso que deveria ser realizado para os fiéis.

Soliana Meneses
Enviado por Soliana Meneses em 02/09/2007
Código do texto: T635610
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