Midnight Express
Exteriormente era apenas uma enorme construção de dois andares, tanto desperdício de espaço para uma danceteria pensava eu. Na bilheteria, o ingresso era um carimbo incolor no braço que em contato com a luz de mercúrio tomava forma. Todavia quando adentrei por aquele prédio, tive a impressão que estava sendo transportado para o paraíso das cores. Era tudo muito belo e fascinante, os lustres coloridos com seus fulgores, a pista colorida projetando vários cubos, a fumaça de gelo seco era novidade, devido a imensidão de espaço, o ar não parecia carregado, sufocante, como nas outras boites da cidade, culminando com o principal de tudo, muitas mulheres bonitas, fazendo com que o ambiente tornasse mais atrativo.
Era comum ver na face das pessoas o fascínio e encantamento por aquele lugar. Com certeza essa discoteca marcaria pra sempre a minha adolescência, nessa época eu era pobre em matéria de dinheiro, mas em compensação era rico de amizades, e acima de tudo me sentia amado e valoroso.
No auge do Midnight eu morava na Magalhães Pinto, 1927 e saíamos em bando desfilando pela avenida cujos nomes eram: Sônia, Celso, Sandra, Crioula, Neuzinha, Carminha, Nonoca, Marília e tantos outros. Com dinheiro ou sem dinheiro, a minha presença era garantida, porque dela faziam questão minhas amigas. São gestos como esse que dinheiro nenhum do mundo conseguiria pagar.
Foi lá que eu perdi minha virgindade e dei o meu primeiro beijo, por que até então eu era BV. 1978 era o ano, eu tinha 15 anos, e lá estava ela, a minha vizinha de bairro, altura em torno de 1,65 metros, morena, cabelos curtos de cor preta, olhos pretos arregalados, corpo simplesmente fofo, seus dentes eram lindos; alvos como a neve. Marinheiro de primeira viagem, não teve jeito, encantei-me por ela, mas ela não queria nada, eu era apenas mais um na sua coleção.
Também foi lá que o finado Ronaldo dava um verdadeiro show de dança, todos poderiam dançar, mas ninguém iria dançar mais do que ele, se não fosse o alcoolismo, quem sabe essa peça ainda estaria no nosso meio.
Como eu amava tudo aquilo, eu era cria do Midnight Express, dificilmente eu ficava um final de semana sem visitá-lo. Infelizmente todos iriam se lamentar no dia que a danceteria fechou, deixando saudades, e jamais houve uma sequer depois dela que tivesse o seu brilhantismo.
Exteriormente era apenas uma enorme construção de dois andares, tanto desperdício de espaço para uma danceteria pensava eu. Na bilheteria, o ingresso era um carimbo incolor no braço que em contato com a luz de mercúrio tomava forma. Todavia quando adentrei por aquele prédio, tive a impressão que estava sendo transportado para o paraíso das cores. Era tudo muito belo e fascinante, os lustres coloridos com seus fulgores, a pista colorida projetando vários cubos, a fumaça de gelo seco era novidade, devido a imensidão de espaço, o ar não parecia carregado, sufocante, como nas outras boites da cidade, culminando com o principal de tudo, muitas mulheres bonitas, fazendo com que o ambiente tornasse mais atrativo.
Era comum ver na face das pessoas o fascínio e encantamento por aquele lugar. Com certeza essa discoteca marcaria pra sempre a minha adolescência, nessa época eu era pobre em matéria de dinheiro, mas em compensação era rico de amizades, e acima de tudo me sentia amado e valoroso.
No auge do Midnight eu morava na Magalhães Pinto, 1927 e saíamos em bando desfilando pela avenida cujos nomes eram: Sônia, Celso, Sandra, Crioula, Neuzinha, Carminha, Nonoca, Marília e tantos outros. Com dinheiro ou sem dinheiro, a minha presença era garantida, porque dela faziam questão minhas amigas. São gestos como esse que dinheiro nenhum do mundo conseguiria pagar.
Foi lá que eu perdi minha virgindade e dei o meu primeiro beijo, por que até então eu era BV. 1978 era o ano, eu tinha 15 anos, e lá estava ela, a minha vizinha de bairro, altura em torno de 1,65 metros, morena, cabelos curtos de cor preta, olhos pretos arregalados, corpo simplesmente fofo, seus dentes eram lindos; alvos como a neve. Marinheiro de primeira viagem, não teve jeito, encantei-me por ela, mas ela não queria nada, eu era apenas mais um na sua coleção.
Também foi lá que o finado Ronaldo dava um verdadeiro show de dança, todos poderiam dançar, mas ninguém iria dançar mais do que ele, se não fosse o alcoolismo, quem sabe essa peça ainda estaria no nosso meio.
Como eu amava tudo aquilo, eu era cria do Midnight Express, dificilmente eu ficava um final de semana sem visitá-lo. Infelizmente todos iriam se lamentar no dia que a danceteria fechou, deixando saudades, e jamais houve uma sequer depois dela que tivesse o seu brilhantismo.