Copa de 70 - Faz tanto tempo...

Não, não estou muito ligado na copa, faço parte dos 53% de brasileiros que não estão nem aí para ela, embora torça de leve pelo Brasil, mas sem frisson, apenas desejando que não soframos outro vexame como os 7 x 1 da última copa. Para não dizer que nao falei de Copa, na certa voudas eus pitaques, aproveito para rememorar um episódio da copa de 70, a do Tri, fato ocorrido em Pesqueira.

Era 1970, estávamos em plena Copa do Mundo, na nossa Pesqueiraera o assunto, nao se falava de outra coisa, eu nessa época era novo, tinha uns 25 anos, era mais ou menos o mesmo do retrato que divulgo neste RL. Faz portanto 48 anos.

Era o dia do ogo entre o Brasil e a Inglaterra. Jogo difícil. Como sempre acontecia, ningupem trabalhava nos dias que o Brasil jogava. Mas, por incrível qiue pareça, houve uma diferença nas contas de empréstimos rurais, a soma deu errado e precisamsos achar a diferença, coisianha chata da gota diferença, mas achei,fui e quem achei, havíamos feito um débito duplicado de acessórios numa conta. Bom resolvido o problema corremos paraassitir ao na tevê do clube dos bancários, era reto e branco, não havia tv colorida, e o sinal era cheio de chuvisco, mas nos dias do jogo, juro, ficava que nem um cinema. Quando saí da agência com os colegas notei que vizinho, num clube social, havia uma elite reunida para assitir ao jogo junto com um Diretor da Fábrica Peixe, um inglês chatérrimo que usava uma grava boboleta e o povo aplidou-o de Doutor Gravatinha. A elite estava bajulando o sujeito. Detalhe, além do televisor novinho estalando colocaram ao lado uma grande bandeira da Inglaterra, mais bebidas e comes e bebes, os bauladores iam, pasmem, torcer pela Inglaterra para agradar o gravatinha. Um absurdo, mas nem liguei, havia ainda na porta um bocado de gente que não tinha televisor que ficou aproveitando para assistir da porta, dentre eles um conhecido meu que vendia picolé, estava faturando.

Bom, o jogo começou lá e cá, o tal do Banks, o goleiro inglês fazendo milagres e o nosso Félix imitando-o. Só queo time do Brasil, apesar do esforço inglês, era mehor e, se nao me engano, Pelé deum passe a Jairzinho, o furacão da Copa, e este estufou a rede dos ingleses. O Brasil venceu o jogo por 1 x 0. Tomei até umas lapadas e rebati com cerveja, mas sem me rasgar, nunca fui de exagerar em comemoração nenhuma.

Mas o que soube da festa dos bajuladores foi incrível. Quem me contou foi o vendedor de picolé, meu chapa, ele disse que quando o Brasil fez o gol, o gravatinha deu um murro na mesa que foi copo, garrafa e tira-gosto pra todo lado. Mais: alguns bajuladores ficaram indignados com a ousadia dos negros do Brasil. Era assim que o gravatinha chamava nossos ogadores bababdo de raiva. E um do bajuladores gritava odiento: - Negros irresponsáveis, tiveram a audácia de vencer a nossa Inglaterra, onde está esse juiz ladrão que anão anaula esse go, um gol feito por um negro safado. Quando a procissão derotada saiu do clube levou uma vaia do pessoal que estava do ado de fora. O bajulador que escalhambou com Jairzinho foi alvo de uma laranja na cara.

Dizem que o velório foi na casa grande do inglês, onde rolou uisque e carne de primeira, e muita reclamação e muita esculhambação contra a seleção. Por muito tempo o povo ficou pixando algumas casas na cdade. Ascas dos traíras e bajuadores do gravatinha, que temsos deois desconriram que nem era doutor e nem inglês.

Há fatos que a gente não esquece. Faz tantpo tempo mas eu não esqueço. etesto bajulador. Eita raça ruim da gota serena. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/06/2018
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