A lição do cemitério
Rio de Janeiro, dia 11 de Junho de 2018
Hoje, no cemitério, tive a oportunidade de fazer várias observações. Uma das, foram os sepulcros, os quais abrigam mais do que corpos e ossadas: histórias. Para muitos, o cemitério é a página final de nossa história; a terra que cai sobre o caixão, seria como a poeira que esconde o livro e nos leva ao esquecimento. Será mesmo? Acredito que não! Nós podemos sim nos perpetuar ainda que estejamos mortos, basta agirmos com amor.
O amor sincero é infinito, e gestos sinceros de amor atingem tanto as gerações de agora como também alcançam inúmeras gerações futuras. Se há continuidade da vida, agradeça aos muitos que já passaram pela terra e se perpetuaram na forma de ensinamentos, repreensões, conselhos, gestos de amor, feitos de paz, alegria e demais contribuições. Por exemplo, minha avó já faleceu faz quase 10 anos, mas sua história de amor e bondade se perpetua através da minha mãe, refletindo na minha construção pessoal e também nas futuras gerações que irão surgir e aprender o amor e bondade que Yeda Aparecida da Silveira Salomon deixou. O nome dela pode até ser esquecido, mas seus gestos continuam a refletir, construindo mais e mais histórias, fazendo do "The end" um "To be continued" eterno.
Se existe vida após a morte? Acredito que sim, todavia nada posso afirmar. Se realmente há, com certeza os nossos mortos estão vivendo uma nova história no céu. A história antes terrena, agora tornou-se celestial. O importante é que, independente se no céu ou na terra, a história dessa pessoa esteja presente em nossas lembranças e em nossos corações.