A Mulher do rio!

Quando esse fato aconteceu, eu tinha somente sete anos, minha família foi visitar os meus avós maternos que moravam na cidade Barra do Corda, no estado do Maranhão. Nessa cidade tinha um rio, cujas águas eram límpidas e cristalinas, seu nome era Corda.
Era Verão nesse dia, o sol estava escaldante, mal chegamos, deixamos apenas as bagagens na casa, e fomos logo dando um mergulho no rio. Todos nadávamos muito bem, devido a isso, meus pais não se importavam que banhássemos no rio.
Estava eu, na beira do rio, observando as lavadeiras com suas bacias, cheias de roupas e vasilhas, aquilo ali pra mim era simplesmente magistral, quando de repente do nada, uma tromba-d'água surgiu, e eu fui levado pela correnteza, nadava nadava e nada de conseguir chegar na margem do rio. Fadigada eu estava, já tinha tomado bastante água, quando num piscar de olhos, no meio daquela correnteza, surgia uma bela muher e tocou-me. Ela era loira, seus cabelos eram compridos e seus olhos eram verdes. Percebi que ela nadava apenas com as pernas e com as mãos segurava-me. Ela falou-me a seguinte frase: "Criança não temas, vou lhe colocar num lugar seguro". Ela colocou-me numa pedra e na correnteza sumiu. As águas foram abaixando e eu pude caminhar pra terra.
Minha mãe estava do outro lado do rio, em cima de um trapiche quando ela me avistou e acenou com os braços. Aproximando-se dela, perguntou-me aonde você estava, aproveitei e relatei a ela todo o acontecido. Ela respondeu o seguinte: " Não fala mentira, isso é coisa da sua imaginação, vá para casa".
Chegando na casa da minha avó, ela perguntou-me, qual o motivo de ter chegado tão cedo, novamente relatei tudo a ela. Minha avó disse o seguinte: "Foi teu Anjo da Guarda que te salvastes, mas não precisa comentar mais isso com sua mãe".
Eu só sei que décadas se passaram, e até hoje minha mãe afirma que isso foi coisa da minha imaginação, que não passou de uma fantasia, todavia tenho a absoluta certeza que tudo aquilo fora uma realidade, pois testemunhei com meus próprios olhos. Mas uma interrogação trago no peito, quem seria aquela mulher do rio?


 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 18/06/2018
Reeditado em 18/06/2018
Código do texto: T6367030
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