A Conta e o Karma.

Não! Não me transformarei num enorme inseto.

Nem assassinarei a velha usuraria que aluga quartos infectos no centro velho de San Petersburgo.

Não confiarei meus dias a um ser humano.

Mais dignos são os animais, os irracionais!

À Zelia deixo aqui meu desprezo! Mesmo sendo amada por Fernando Sabino, que até escreveu um livro em sua homenagem, aquela senhora (com todo respeito), não vale nem um pedaço de cibalena vencida e gosta mais de um fuxico do que o próprio capeta.

Não entregarei meu resto de vida à Cida da mercearia, mesmo com seu argumento de que me ama. Não!

Também não nutrirei compaixão aos homens de coração impuro.

O mal destrói a si mesmo.

Garçom, traz a conta, mas antes me traga a saideira. Vou ali ao banheiro me matar e já volto para pagar a conta e o karma.

Savok

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 27/06/2018
Código do texto: T6375401
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.