A CIDADE DE DEUS

Um dia me perguntaram:

- Como você acha que é o céu?

Ao que lhe respondi:

- Um espaço semelhante ao que temos aqui, onde nasceremos, cresceremos e, nele... viveremos. Um ambiente realmente “humano”, para o qual Deus o planejou... e criou. Nada diferente. Um lugar onde terão escolas, hospitais, praças, supermercados, teatros, cinemas, etc., porém, com a única diferença é que lá, definitivamente, não existirá o “dinheiro”.

Haverá colégios... faculdades... centros de estudos, com professores e alunos integrados. E cujas aulas serão ministradas ao ar livre, em comunhão com o eco-sistema de tudo. Mas, conforme foi dito, não haverá “o dinheiro”.

Haverá hospitais, clínicas, postos de saúde, em que trabalharão médicos, enfermeiros, cuidadores dos outros. Ou, melhor, "servidores de todos", já que ali, não existirá... “o longínquo outro”. Contudo, de form’alguma haverá asilos, nem “depósitos humanos” de idosos, pois abandonados por suas famílias. E sempre lembrando, não existirá “o dinheiro”.

Haverá supermercados, locais de abastecimentos de alimentos, com os seus devidos trabalhadores. Entretanto, não terá de form’alguma, “o dinheiro”.

Haverá parques, centros de diversões e de desportos, com os operários de suas respectivas manutenções e cuidados. Todavia, ao que reforço, não haverá “o dinheiro”, ao que assim, não existirão assalariados mercenários.

Doenças passíveis de morte haverá (caso não venham a ser tratadas, é claro), tais como “ambição”, “inveja”, “rancor”, “mágoa”, “avareza”, “preguiça”, “soberba”, “orgulho”, “ira”... uma vez que incompatíveis serão neste devido e sagrado espaço. E de maneira nenhuma terá vez para a “hipocrisia”, ou então para a “mesquinha vaidade”. Até porque, tudo o que temos e somos foi-nos ofertado... pela Vida.

E desta forma, todos serão o que A Vida os fez: Engenheiros, dentistas, pintores, padeiros, atores, faxineiros, poetas, cabeleireiros, músicos, eletricistas, marceneiros, escritores, fisioterapeutas, escritores...

Enfim, será, de fato, um espaço verdadeiramente humano, onde não seremos substituídos por máquinas, ou com elas confundidos, e menos ainda descartados como objetos sem valor.

E então, alguém pode imaginar “um lugar” assim?

Ou será que ainda “concebemos” um céu apenas com anjinhos pelados com asas, flutuando e tocando suas harpas?

Ao qu'agora, muitos virão me questionar:

- Mas como é possível haver um lugar onde não existirá “o dinheiro”? Afinal este é o nosso mundo!

Ao que então lhes revidarei:

- E por acaso poderia vigorar “o dinheiro” justamente... no céu? Ah, já chega que aqui insistimos num mundo ausente de Deus! E, portanto, o mundo é o que é.

O céu sem o dinheiro é mais possível que o mundo sem Deus.

A prova está aqui, diante de nossos olhos...

Estevan Hovadick e Fausto de Deus
Enviado por Estevan Hovadick em 15/07/2018
Reeditado em 17/07/2018
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