Sobre nomes e Sobrenomes. Falo sobre nomes. Por tabela, de sobrenomes. Nada me frustra mais do que ver meu nome escrito de maneira errada; Zuzana, Zusana, Susana, Suzane...

Minto. Ter meu nome trocado é broxante.  Broxante no sentido de ser desanimador.

 Alô!
– Com quem eu falo?
– Suzana.
– Santana?
 Suzana.
 Rosana?
 Não. Suzana.
 Silvana, aqui é do...
 É Suzana.
 Ah desculpe, Rosângela!
 Suzaaaana.
 Como?
 Deixa pra lá. A senhora quer falar com quem aqui na secretaria?
 Com Suzana.
 ????

Certa vez, aqui no Recanto, uma pessoa comentou meu texto e me chamou de Marina. Fiquei três dias sem dormir e dois sem comer.
Pensava: 
Puxa, além das idas à minha Fonoaudióloga para melhorar minha dicção, agora terei também que fazer análise para trabalhar minha identidade, minha autoestima... (Sem falar quando me chamam de Coralzinha).
Nada contra a Marina Silva, Marina Lima, Marina Alves ou a Marina Ruy Barbosa. Mas, poxa! Dá um trabalhão danado ser eu.

Li certa vez um artigo, escrito por um renomado psicólogo, onde ele diz que "o som do nosso nome pronunciado por alguém, soa aos nossos ouvidos, como a mais linda das melodias"
Vaidade? Não. Identidade. Proximidade.

Brincadeiras à parte, o presente texto é apenas para contar uma coisa, além, é claro, de mostrar meu lado prolixo (e não policiado) nesta crônica:
Acabo de receber o livro, "Palavra é Arte - Contos e Crônicas", no qual participo com 6 crônicas minhas. O editor, Professor Gilberto Martins, muito me alegrou com uma dedicatória citando a minha escrita, e em especial, o texto " O agasalho" (já publicado aqui no RL). 
Indiferente se Suzana é com s ou com z, a alegria da dedicatória só não foi maior que o som de uma melodia ao ouvi-lo no telefone pronunciando o meu nome.

A propósito, sobre nomes, falamos de Adélia Prado (também divinopolitana) e Cora Coralina.




 
Suzana França
Enviado por Suzana França em 22/07/2018
Código do texto: T6397186
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