A difícil e prazerosa Arte de Escrever

Segunda-feira tive o prazer de ler a crônica de Klaus Mendes cujo título é "O Mundo Glacial dos Escritores". Ele foi imensamente feliz na colocação de cada palavra ali naquele texto. Amei a forma como ele tenta descrever os sentimentos vivenciados por aqueles que ingressam nessa difícil Arte do Escrever, comparando-os com o gélido mundo da Era Glacial.
Confesso que não sabia que o dia 25 de Julho era o dia do Escritor, mas mesmo um pouco atrasado, procurarei deixar uma mensagem para todos aqueles que tem ousado entrar nessa Arte.
Algo que acho mui interessante, que vivemos a diferença das culturas, regiões, classes sociais, e tantas outras, mas quando o assunto é a Paixão pela Escrita, o sentimento é ímpar e somos transportados para o mesmo patamar.
Achei engraçado que em relação aos meus textos, eu também costumo fazer a mesma pergunta. O que fazer com o que eu escrevo? Se eu disser que não me preocupo, se meus textos serão editados. Certamente eu estaria mentindo, pois quem não gostaria de publicar um livro. Todavia a minha preocupação maior não é essa. Não me preocupo em ser um um escritor famoso, alcançar fama e riqueza, até mesmo por que isso é privilégio de alguns, mas gostaria imensamente que os meus textos de alguma forma ficassem como legado para as gerações futuras. Sei que sou desprovido de um conhecimento maior, mas seria imensamente salutar poder de algum modo edificar vidas através daquilo que escrevo.
Em certos momentos, quando as leituras dos textos estão baixas, uma certa melancolia envolve-me, e de repente costumo lembrar daquele verso de Isaías 40:3 que diz o seguinte: "Voz do que clama no deserto". Sei que teologicamente essa passagem faz alusão ao profeta João Batista, que iria fazer a transição do mundo da Lei através da nação de Israel, que outrora viveu no deserto para o mundo da Graça, onde iria anunciar a Jesus Cristo como Redentor e Salvador da Humanidade. 
Mas deixando a teologia de lado, irei usar esse versículo para tentar explicar esse paradoxo tão gostoso, que é o mundo da Escrita. 
Imaginem estar num deserto, e ali você começar a pregar as coisas boas que vêm em nossos corações através dela, nossa querida Inspiração, que na minha concepção é algo totalmente divino. No meu modo de pensar a Inspiração é a manifestação de Deus em nossos corações através da Sabedoria.
Sabendo que aquilo que escrevemos é tão precioso, quanto o ouro que reluz. Como seria frustrante tal anunciação, sabendo que no deserto árido e vazio, não encontraria uma alma sequer, para que a nossa mensagem encontrasse guarida em seu coração.
Pois as vezes é assim que me sinto, uma voz que clama no deserto, uma alma solitária, onde em vão, busca abrigo e compreensão. Mas quão prazeroso é quando alguém, tendo a revelação divina, consegue enxergar a beleza e pureza naquilo que escrevemos. 
Pois são a estes e a todos os que tem ousado entrar no mundo da escrita, que deixo os meus parabéns e o meu muito obrigado por fazerem deste mundo, um lugar melhor.  
 



 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 02/08/2018
Código do texto: T6407424
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.