SEM MOTIVO

SEM MOTIVO

Saio sem destino, procurando refrescar a cabeça, quente por motivos vários. O frio da rua me entreva, o cinza do céu me entristece, as buzinas e sirenes me irritam, o mendigo dormindo ao relento no banco da praça me angustia, a sujeira na praça me deprime, a falta de educação no trânsito me desalenta, as manchetes dos jornais expostos na banca me indignam. Volto para casa, me regozijo, meus motivos para esquentar a cabeça são insignificantes

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/08/2018
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