O vídeo

A garota está de joelhos, enquanto um sujeito encapuzado, em pé, segura um facão com a mão direita e seus cabelos com a esquerda. Ele fala, ela implora que não façam aquilo. Há mais dois sujeitos com capuzes participando. O sujeito fala e gesticula com o facão. A garota implora. Nada do que dizem importa.

A ação é rápida. Puxando-a pelos cabelos, o sujeito encapuzado a lança no chão com o facão premido sobre a goela. Ele parece estar serrando uma madeira, só que é um pescoço. A garota esperneia, um dos encapuzados se aproxima com uma faca e passa a apunhalar seu abdômen, enquanto o outro desfere, enfim, duas, três facãozadas no pescoço da garota. São muitas as facadas, no peito, no braço que se defende, em cima da mão. Curiosamente, não há muito sangue. Finalmente, após o quinto ou sexto golpe do facão, a cabeça rola para um lado. O corpo se aquieta. Um encapuzado pega a cabeça decepada pelos cabelos e a exibe para a câmera, enquanto diz algo que não importa. Nada mais importa.

Assisti o vídeo e não consegui esquece-lo, então segui as recomendações de um velho escritor que garante que, uma vez descrito, um fato perde sua importância enquanto memória.

Espero que seja verdade.