VELHO E ETERNO (Phellipe Marques)

Viajante dos espaços inacabados, trôpego e embriagado, valente e consagrado pelo amor que me ensinaste a propagar, consumir nas horas de ausência e tristeza.

Plenitude da sinfonia que acompanha meu caminho.

Canção do sentir além.

Notas de um alcance desconhecido que protegem a velha casa do meu coração do egoísmo e do desamor.

Meu tamanho se expande!

Minha vida se amplia!

Meu ser se transforma enquanto escrevo estes versos!

Faço-me límpido!

Torno-me eterno!

Vivo, honesto, essencial!

Afinal, o que seria de mim sem o teu amor?

Sem a honra de ter alcançado a terra pura?

Sem os velhos sonhos de outrora?

Não haveriam os versos do poeta.

Nem mesmo o pino de luz que me ilumina enquanto ator que vive vidas e preenche sonhos.

Descobri a missão ou talvez fui descoberto por um propósito maior: iluminar o coração dos seres deserdados de luz.

Mesmo que ninguém me leia...

E a voz não alcance...

E o verso não cresça...

E o frio me aqueça...

Permaneço iluminado.

Aceite o meu pedido:

Permaneça farol!

Faça-me farol, velho e eterno.

Phellipe Marques
Enviado por Phellipe Marques em 16/08/2018
Reeditado em 16/08/2018
Código do texto: T6421151
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