SONS FRENÉTICOS

A madrugada aproxima-se, trabalhadores concentrados em suas operações específicas, pouco a pouco produzem em séries novos veículos que já antes mesmo de nascerem são tão esperados por proprietários ansiosos pelos carros.

Os sons são diversos, há momentos que se ouvem mais a voz dos trabalhadores, mas em outros predominam o som das máquinas operatrizes, dos veículos que circulam pelas ruas internas da fábrica. São sons angustiantes difíceis de descrevê-los, outros de alerta que o perigo está passando por perto!

Sim, nada agradável de ouvir, são sons deveras angustiantes, cibernéticos totalmente diferente dos sons apreciados pela audição humana!

Nas duas últimas horas que antecedem o novo dia, parece que as máquinas se comunicam mais intensamente entre si!

É uma variedade muito grande de sons que parecem clamor, ora zombarias, ora lamentos. Há uma nítida impressão de que estas máquinas falam entre si!

Pequenos veículos como empilhadeiras, tratores, trólebus elétricos e/ou a gás circulam intermitente pelas ruas internas entre setores trazendo e levando peças e acessórios aos seus devidos postos de montagem!

Pelos trilhos suspensos circulam paulativamente peças, depois conjuntos, depois o esqueleto e finalmente novos carros que saem dos seus suportes amparadores para definitivamente terem seus últimos ajustes e para o pátio aguardar seu destino.

Embora haja hoje a ajuda substancial dos robôs, das máquinas, a presença do homem é imprescindível para o resultado esperado.

Na primeira hora da madrugada, mais uma jornada parece estar a findar, as máquinas começam a se recolher, os motores a silenciar e a voz humana passa a ter destaque nos grandes galpões da fábrica.

Lá fora as ruas começam a receber transeuntes a dirigirem-se ao páteo de estacionamento.

Pouco a pouco os estacionamentos se esvazia, as dezenas de ônibus partem com seus destinos variados levando operários aos seus destinos!

Mais uma jornada chega ao final!

E novo dia de trabalho se inicia com o novo turno!