MULHER  MOTOCICLISTA
Sergio Furtado

 
Foi-se o tempo, no qual as mulheres eram coadjuvantes na estrutura social, ocupando, com raras exceções, apenas um lugar intitulado “Dona-de-Casa”.
O pós-guerra trouxe a necessidade de toda a mão de obra disponível, incluindo a feminina, para a reconstrução do mundo. E, nesse contexto, elas responderam bravamente, assustando os homens, que assistiam estupefatos a desenvoltura e o empenho de quem tinha as responsabilidades restritas da administração da casa e o cuidar dos filhos.
Foi, então, que surgiram as despojadas MULHERES MOTOCICLISTAS, que além de acumular os cargos, com os encargos, de donas-de-casa e trabalhadoras produtivas, ainda arrojaram-se
no seleto e exclusivo círculo motociclístico masculino. E, novamente, elas surpreenderam os homens de visão e mente aberta da época.
No árduo caminho da busca por um lugar ao sol, que perdura até hoje, as mulheres estão conseguindo ocupar, brilhantemente, as cadeiras mais importantes da estrutura social e hoje as vemos exercendo autoridade como donas-de-casa, juízas, militares, policiais, profissionais liberais, empresárias e em todos os ramos produtivos da riqueza das nações.
Nessa trajetória, como não poderia deixar de ser, estamos assistindo, maravilhados, as mulheres participando ativamente do motociclismo, engajadas nos Motoclubes, Motogrupos ou Independentes, confiantes e graciosamente acomodadas nas garupas das motocicletas e triciclos, ou pilotando-as com segurança, além de exercerem posições de direção ou atividades de apoio nos mesmos.
Vale ressaltar que com suas maravilhosas tatuagens, botas imponentes, adornos singelos, indumentárias harmoniosas e semblantes angelicais, trazem graça e beleza ao Motociclismo de Lazer.
Parabéns, com louvor, a vocês, MULHERES MOTOCICLISTAS, nossas companheiras de estradas, encontros e atividades em duas rodas e triciclos exuberantes.
Parabéns, ainda, aos MOTOCLUBES FEMININOS, que esperamos sejam muitos, dentro em breve.