ACREDITE SE QUISER

Vivemos em um mundo essencialmente material, onde tudo é concreto ou abstrato, pesado ou leve, grande ou pequeno, liso ou áspero, cheiroso ou nem tanto, ruidoso ou silencioso, saboroso ou insípido, enfim, vivemos e praticamos a materialidade das coisas. Sendo mais didático, possuímos 5 sentidos, a saber: a visão, o olfato, a audição, o paladar e o tato.

Tais conceitos, não restringindo aos humanos, remetem aos planos mineral, vegetal e animal. No plano animal, a raça humana desenvolveu valores religiosos e doutrinários, cuja lógica nem sempre foi uma unanimidade, sobretudo aquela que fomentou a nossa capacidade de avaliação e julgamento, ficando evidente o desafio que identificaremos como ”crer ou não em algo”.

Nos primórdios, devido ao baixo nível de compreensão, os habitantes do planeta eram meros observadores tribais de fenômenos físicos, cuja análise simplificada ancorava-se na magia e fenomenologia, dando origem a rituais, comemorações e cultos, das mais diversas tendências. Fruto disso, nos primeiros contraditórios surgem as crises, confrontos e guerras, onde não titubeavam em condenar os mais enfáticos opositores a penas de morte, em cerimoniais intimidatórios.

Surgem, então, os Deuses; divindades onipotentes, que servem de bálsamo aos seguidores, poupando-os e acalentando-os. Normalmente elevados em conhecimento e apontados como referência a grandes civilizações que os seguiam e respeitavam. Desponta nesse cenário, e em outro tempo, a figura de Jesus Cristo.

Nascido em Belém, esse peregrino era dotado de imensa bondade, além de ser reconhecido pelo Cristianismo como o embaixador de Deus na Terra. No curso da história, ele repagina tudo e traz novo sentido à vida dos povos, inspirando gerações por meio de escrituras, batizadas como Bíblias Sagradas. Tais registros inspiraram homens e mulheres, fundamentando a humildade e potencializando-a em infinitas proporções.

Essa grande obra gerou inúmeras traduções, além de diversas adaptações, repercutindo sua mensagem pacificadora. Entramos agora numa questão retórica, que, submetida aos diversos prismas da fé humana, levará em conta a materialidade citada no princípio deste texto, fazendo-nos crer que, de fato existiu o Cristo, bem como a entidade maior e incontestável em sua grandeza, denominada DEUS. Acredite se quiser, mas à figura de Deus não compete uma imagem MATERIAL, como a concebemos.

Nunca se conseguiu definir a forma, a proporção, a massa dessa criatura. Sabemos, por definição de Cristo, tratar-se de uma entidade dotada de incomensurável poder. Por quê? Resposta simples: devido ao extremo grau de desenvolvimento espiritual.

Deus, como alguns estudiosos espíritas defendem, não carece de corpo, não lhe é peculiar nem necessário. Motivo que nos faz compreender a razão de sua incompatibilidade, ante os 5 sentidos, se assim podemos colocar. A definição desse DEUS, como essência, é mais do que aceitável, cabendo a nós felicitar as palavras do nazareno.

Um dia, quem sabe, poderemos, a exemplo de sua primeira aparição, buscar entender melhor eventuais parcelas de seu discurso, olho no olho, numa retomada em busca do progresso espiritual. A fé nesse embaixador divinal, a quem chamamos de Jesus Cristo, é mais do que suficiente e valem todas essas palavras. Acredite se quiser.