ADOTE UM JAPONÊS

Uma nação incrível! Quer alguns números? Pois aqui vão. Sua fundação remete a 660 a.C. Habitam uma ilha que impressiona pela área, apenas 377.873km2, ou seja, 22,5 vezes menor que a área do Brasil; 8.514.877km2. Apenas 50% maior que o Estado de São Paulo. Por lá vivem cerca de 130 milhões de habitantes.

Além da simpatia, alguns quesitos bastante peculiares dessa galera amiga:

altura mediana, olhos amendoados, pele clarinha, cabelos pretos e lisos, sorriso alegre estampado nos lábios. Educados, cultos, pragmáticos, inteligentes e, há muito, aprenderam a respeitar a família e a sociedade em que vivem. Cometem, até por serem humanos, certos erros e ferem algumas regras, mas prontificam-se voluntariamente nas reparações.

São japoneses, bem diferentes de certos cidadãos, popularmente conhecidos como “tupiniquins”, cognome, brasileiros, oriundos de uma cultura multifacetada. Foi na Copa do mundo de 2014, quando os nipônicos disputaram o jogo contra a equipe da Grécia, que eles nos deram um bom motivo para respeitá-los, ainda mais. Logo após a final da competição, um grupo de torcedores japoneses iniciou uma verdadeira faxina nas arquibancadas da arena, em Natal. Recolheram todo o lixo jogado no setor onde estavam, dando uma demonstração de respeito e civilidade.

Isso é rotina entre eles em Tóquio, cidade natal do grupo. Segundo uma das torcedoras nipônicas, todo o lixo produzido é de responsabilidade de quem o gerou. Naquela Copa, perdemos para os alemães por 7 a 1, mas ganhamos a oportunidade de poder seguir esse belo exemplo. Vale lembrar que os “bons modos” dos orientais, não surgiram por acaso. Após a 2ª Guerra mundial, com reservas naturais modestas, o Japão passou por inúmeras mudanças, de modo a viabilizar uma recuperação na estrutura ambiental, industrial e socio-econômica.

Muito se investiu e fruto disso, o país floresceu em um ritmo bastante expressivo. No ritmo do trem-bala, do metropolitano e da indústria automobilística; uma referência mundial. Se quiser crescer, baseie-se nas fórmulas levadas a campo pelos amigos japas, eles são, naquele jeito amigo de ser, meio quietos, às vezes introspectivos, mas muito coerentes em suas decisões. Siga-os.

Quem acompanhou o triste episódio do bombardeio em Hiroshima e Nagasaki, pelos EUA, na segunda grande Guerra, pode até imaginar as consequências do massacre, mas pasmem, ambas as cidades estão hoje totalmente recuperadas. Operou-se um milagre. Há por lá… vida, progresso e esperança.

Houve, no Brasil, um massacrante bombardeio dos governos petistas (Lula e Dilma), contra o povo brasileiro. Após o Impeachment, o vice continuou na mesma toada corrupta e o país permanece em frangalhos.

O ambiente pré-eleitoral nos causa repulsa e ansiedade. Os candidatos são vagos em suas propostas. Alguns impetuosos e desequilibrados. A corrupção é sistêmica, nos levando a crer que será bastante difícil uma retomada do progresso, em destaque na faixa de nossa bandeira. Que tal começarmos a mudar o rumo de nossa história, a partir de nós mesmos? Que tal incorporarmos um pouco dos bons japinhas daquele grupo, da copa de 2014? Haverá opositores da ideia de que os nipônicos tem muitos defeitos… e têm. Mas mesmo com defeitos, assim ou assado, são mais jeitosos e respeitosos do que nós.

Seja cidadão e adote o espírito japonês. Mude de atitude. Lapide-se, estude, evolua. Pesquise muito antes de colocar um nome na urna eletrônica. Caso não tenha uma boa alternativa, tente encontrar algum outro que tenha algo bom, mesmo que pouco. Um japonês avaliaria, baseado nos nobres fundamentos da vida e da família. Capriche na faxina. Temos apenas 518 aninhos, crianças, ante os 2.678 da grande nação oriental.