O Contador volta a atacar
 
Queridos leitores, peço que prestem bastante atenção no texto, pois quero ver se vocês são ferinhas no psicotécnico.
Depois de um feriado agitado, cheio de calor humano, as quitinetes estão vazias, paradas, sem vida. A sensação que estou tendo no "the day after", é como se um furacão passasse e deixasse apenas os escombros e a desolação, tamanho é a falta e o vazio que estou sentindo.
Olhei para o relógio e os ponteiros marcavam 8:35 horas, então resolvi fazer alguma coisa,  e logo vem em minha mente o meu grande amigo, o Mar Querido.  Fui logo dando um jeito de fazer uma caminhada, peguei meu chapéu, protegi minha carequinha, e parti rumo ao mar: meu companheiro de todas as batalhas.
A maré estava baixa, as águas voltaram para sua cor original, ontem parecia que elas estavam barrentas, aproveitei o remanso e comecei agradecer ao Pai por tudo que ele tem nos proporcionado, inclusive pela nossa saúde, vivemos num mundo tão materialista, quando nos aproximamos do Criador, só lembramos de pedir coisas materiais, somos como verdadeiras sanguessugas dá dá dá.
E assim fui agradecendo até chegar no coqueiro, até lá são três quilômetros, quando encarnou em mim, o contador de passos, e pensei por que não contar alguns passinhos, rs. Na minha mente veio o número 5.500, então tive a ideia de prosseguir minha caminhada mais 5.500 passos. Como queria ver onde eu estaria apenas quando tivesse terminado a contagem, passei a olhar ou para a areia ou para o mar, de forma que enquanto caminhava  e contava ia observando o horizonte e o quebrar das ondas. Quando terminei a contagem, percebi que a minha caminhada iria ser mui demorada, então para encurtar o tempo resolvi voltar correndo e comecei a galopar.
Num certo momento levei um susto, confundi um pedaço de pau, como se fosse uma serpente prestes a me atacar, o sol estava intenso, as pessoas brincavam na praia, e quando era 11:05 horas cheguei em casa. Fui logo tratando de apreciar meu delicioso suco de acerola, enquanto isso ficava admirando o beija-flor tomar sua água doce.
E assim vou driblando o vazio e a saudade que meus caríssimos inquilinos deixaram. Agora quero saber se meus queridos leitores são ferinhas no psicotécnico. Considerando que o meu passo tem em torno de oitenta centímetros, quem seria capaz de dizer a distância total percorrida no meu trajeto?
 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 10/09/2018
Código do texto: T6444716
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