FALANDO POR MIM  (BWIW)

 
TÁ  lá no google: EMPODERAMENTO,   neologismo criado pelo educador Paulo Freire,  uma adaptação de um termo em inglês “EMPOWERMENT” e está no centro do discurso de movimentos da sociedade civil.
Em tempos hodiernos é impossível falar em feminismo  sem falar de empoderamento. A ideia é dar a alguém ou a um grupo o poder de decisão em vez de tutelá-lo. Há quem defenda que a banalização da palavra dilui o seu sentido real. Outros dizem que o aportuguesamento do termo em inglês foi feito de maneira descuidada, confusa ou que empoderar nem sequer seja um termo necessário.
Muito bem, depois dessas considerações, vou falar por mim,  que não precisei alcançar a época atual para, na condição de mulher, me valer desse tal “empoderamento”. Não me sinto cerceada  nos meus direitos de cidadã, não me sinto tutelada e tenho poder de decisão, conheço os meus limites, não extrapolo as regras civilizatórias.
Contudo, se alguma mulher se sentir tolhida dos seus direitos contidos no art. 5 da Constituição, onde reza que  todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, que saia do seu quadrado, aproveite o modismo, convoque a turma pelo Face, e  já que  toda nudez não será mais castigada, cada uma  dispa-se e unidas, saiam em passeata e vão bater bombo e cantar de galo  nos ouvidos  das excelências ditas tuteladoras.
                                  
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 19/09/2018
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