Nem mel, nem cabaça

No sertão quando alguém começa a ficar muito ambicioso e, de repente, se lasca, as pessoas dizem: - Nem mel, nem cabaça! Fazem mesmo essa gozação.

Acho que se trata de um provérbio gerado por uma fábula: uma ave foi aparar o mel numa jarra de barro e uma raposa esperta fez com que a jarra quebrasse, e o mel derrabou sobre um lajedo, a ave que seria ambiciosa não pode recolher o mel com o bico, mas a raposa sabida fez isso usando a língua. Foi uma amiga que me deu essa versão que acho meio troncha.

Foi desse provérbio que me lembrei quando vejo líderes políticos, banqueiros, empresários e alguns conservadores, inclusive a mídia faccosa, preocupados om o provável desfecho das eleições. Parece que está dando errado o plano mestre. Não era esse o resultado esperado. Esse plano foi gerado lá atrás quando começou a trama para desestabilizar o segundo governo de Dilma. Iniciaram a trama, tiraram o centro, quando imediatamente depois de proclamado o resultado, contestaram, disseram abertamente que houvera sabotagem. Depois começaram a criar problemas, pautas bombas, usar Cunha para abrir o processo de impeachment, o golpe em si, o processo contra Lula, condenação, prisão... A trama visava a colocação no cargo novo presidente alguém de confiança dos comandantes do golpismo.Mas aí, olha o aí, o plano furou, a coisa saiu fora do controle, as raposas e não as aves, ficaram sem mel e sem cabaça.

Pessoalmente não torço pelo qanto pior, melhor. Não, não faço parte dessa turma oportunista e antidemocrática. Mas há um fato tlvez irreversível, essa trma golpista e dos grandes negócios vão ter que escolher entre Bolsonaro e Haddad. Mas podem recorrer a uma operação de emergência, viabilizar Ciro Gomes. Uma coisa é certa, estão aperriados. Na Globo já tem comentarisa e expert em política tossindo muito e tremendo, só falam quando recebem as ordens pelo ponto eletrônico. Estão tremendo na base. Não era essa a opção, nem da banca, nem da casa grande e nem dos seus capachos. Inté.