O cúmulo da falta de consenso

Há décadas que vivo analizando o comportamento dos eleitores compatriotas, inclusive daqueles que convivo com eles diariamente e não consigo desvendar o porquê de tanta insegurança, na hora de decidirem por um candidato e, mesmo assim, continuam a votarem de acordo com as suas necessidades e não com a razão.

Quando questiono suas dúvidas me respondem com a pergunta; e você porque todo ano diz ter anulado o voto. Somente rio e me calo. A Lei que rege o nosso sistema eleitoral diz em um de seus artigos que, o voto é secreto, portanto, se gosto de cumprir as Leis mesmo que não concorde com elas, tenho o direito de não revelar em quem votei, se a consequência de meu voto me constranger depois, é um problema que cabe somente a mim resolver como me livrar dessa culpa.

Mas o grande problema não está neles e não está em mim também, está em todos nós que continuamos a matar a fome do monstro que nos impulsiona a querer coisas boas na individualidade e não na coletividade. Se um dia conseguirmos unir nossos pensamentos e o real desejo da mudança no todo, com certeza teremos um pouco de orgulho de exercermos nossa cidadania com orgulho e a segurança de um dever, realmente cumprido em sua totalidade, e aí, não haverá mais voto de barriga, de cabresto e nem de comodidade, mas sim de certeza, da certeza de que fizemos a coisa certa. Então, então deitaremos a cabeça no travesseiro sem ficar acordado e pensado no amanhã, porque o amanhã será melhor do que o hoje.

No meu parco entendimento, consenso também é confiança e tranquilidade para esperar o futuro sem medo.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 01/10/2018
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