Conversa tipo tapioca mordeu beiju

Hoje passei o dia quase todo acompanhando um parente meu num hospital. Graças a Deus está bem, breve terá alta. Por isso me desliguei totalmente do noticiário. Detalhe: não senti a menor falta. Sou um homem definido, transparente, tenho meu lado, minha ideologia, minha opção pelos mais pobres, mas sem pertencer a partido politico. Quero salientar que não comecei essa defesa das mihas idéias ontem, mas é algo inerente a minha vida. Mais: quando defendo minhas idéias não ridicularizo os outros, não menos prezo e nem desrespeito. Faço diferente de alguns que não conseguem ser democratas, esquecem a lição maior da democracia: - Democracia é o regime em que um diz e o outro diz; em que um diz e o outro tem o dieito de contestar. E podem fazer isso sem se rasgar, sem descambar para a raiva, o rancor e o ódio. Noto que alguns estão numa excitação e exarcebação que não condiz com o debate democrático. Mas isso não é problema meu, só não queiram depois aparecer de democratas.

Enquanto estava no hospital, fiquei pensandocom os meus botões, achando que quando os nossos cabelos enbanquecem (os meus estão totalmente brancos), o cara tem que ficar moderado em todos os sentidos. Mas não pode (e nao deve jamais) abandonar as suas idéias e nem deixar de dizer o que pensa. Nem nunca deixar de se indignar frente às injustiças. Para viver com dignidade temos que ser nos mesmos. O homem digno não esconde o que pensa. Mas pode defender sua causa, sua crença, sua ideologia e seu lado político sem descambar para o ódio, principalmente o ódio de classe. Não, nao vou me rasgar e nem renunciar ao meu modo de ser apenas para satisfazer uma compulsão política, arrahar meu caráter or causa de uma disputa eleitoral. Vou dfender minha idéias, mas sem perder o bom senso, em recorrer à baixaria e nem à mentira. Muito menos à injustiça.

Longe de mim censurar ou proovocar quemquer que seja, mas não posso pensar uma coisa e dizer outra. Dói, entristece e revolta constatar que há pessoas que chegam ao cúmulo de comprometer sua história de vida apenas para dar vazão ao sentimento pequeno, abjeto e asqueroso do ódio. E o pior: odio de classe.

No mais vou comer o angu pelas beiradas para anão queimar a língua, mas sem medo e sem ódio. Medo porque acho que um homem de verdade não tem medo de outro homem, medo só tenho de barata, rato, assombração e uher braba: e ódio não sinto, acho que envenena a alma.

Aproveito essa conversa de tapioca mordeu beiju, comodizemos aqui no nordeste quando conversamsos mole, para citar um verso de Geir Campos que tem muito a ver co o que penso:

"Operário do canto me apresento,

sem marca ou cicatriz, limpas as mãos,

minha alma impa, a face descoberta,

aberto o peito, e expresso documento

a palavra conforme o pensamento".

Que os mais excitados sossegue a periquita, haverá sempre um amanhecer. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 03/10/2018
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