Amor para sempre!

Tenho lido bastante ultimamente em vários blogs, recanto das letras, colunas de jornais e demais afins. Li alguns textos interessantíssimos, outros nem tanto, outros nem perto disso e alguns piores que os que escrevo aqui. Uns falavam sobre o dia-a-dia, outros sobre uma fada dos dentes que trapaceou o filho deles, outros sobre historinhas ero-infantis (acreditem que li mesmo) e outros demais assuntos que não lembro agora, mas o mais impressionante foi a minha constatação. É que consegui chegar em uma tremenda confusão conclusiva e, vindo até aqui através dessas mal-ditas linhas, peço para que me expliquem, por favor.

O que mais li e percebi foi a quantidade EXAGERADA de textos falando sobre o AMOR. E como estão sendo lidos esses textos e livros. Só aqui na Recanto das Letras é disparado o assunto campeão de leituras. São declarações de amor de uma forma tão comovente e “sincera” que me fazem acreditar no querer bem do homem. Que linda é essa nossa civilização! No entanto, confesso-me um quase ignorante nessa empreitada. Não que eu nunca tenha amado, longe disso o fator principal de minha incompetência, é apenas pelo simples fato de não entender o amor. É isso mesmo, não entendo. Não sei se é por viver em um mundo a parte, mas vou explicar como é que vejo o amor:

Sinceramente, vejo como é lindo o amor de um torcedor pelo seu time. Como ele vibra e torce com incentivos calorosos aos representantes de seu escudo. E quando o time perde, é que vejo o amor tomar proporções dignas de fazer “E o Vento Levou” apenas um filmezinho para adolescentes. É pancadaria, grito de protesto, ameaça de morte... Tanta forma de se manifestar esse “sentimento” que deixa até a antiga cartinha de amor realmente como uma coisa muito do passado. Correria no meio do jogo pra bater em jogador, torcedor indo preso por vandalismo contra o clube que ele tanto adora, cães pulando em cima das grades e tantas outras coisas que me fazem (des)entender o amor como quase o mundo todo.

Ok, ok! Amor por time é uma coisa completamente diferente, concordo. Então vamos falar do amor pelo pai. Que lindo sentimento esse, né? O que eu li de poemas e poesias na semana do dia dos pais...

Nossos pais sempre são os melhores! Quando somos pequenos, eles são os nossos heróis:

- Meu pai é melhor que o teu, ele trabalha de paletó e gravata.

- Que nada, meu pai não precisa trabalhar assim e é muito mais importante que o teu!

Quando chegamos na adolescência, viram o nosso banco. Pai bacana é pai que dá dinheiro, porque se não der, é um pai carrasco:

- Paiê! Dá um dinheiro pra que eu possa sair com minha namorada?

- Filho, a situação tá difícil, tenha calma que quando sobrar eu te dou, tá?

- P... Você é f.... Não pensa em mim! Só quer saber de me privar de viver a minha vida!

Quando crescemos e viramos adultos, alguns percebem o valor deles e passam a fazer poemas, poesias e dar a seus filhos o nome do avô. Que lindo que é o amor de filho pra pai! Mas, depois de alguns anos o papai está mais velho e precisa que cuidem dele. E enquanto você estava indefeso e precisando de ajuda de alguém quando era ainda um bebê para sobreviver e ele te deu casa, comida e uma estrutura de família, você o coloca em um asilo para idosos porque " lá vão saber cuidar dele". Isso sim é amor! Encostar uma pessoa dizendo que assim é melhor pra ele!

Mas amor de mãe é incomparável, nesse ponto também tenho que concordar. Estou lendo aqui uma matéria na Folha de Pernambuco: “FILHO MATA MÃE PORQUE ELA NÂO DEU 5 REAIS PARA ELE COMPRAR DROGAS!”. Querem um bom detalhe? “no seu braço havia uma tatuagem dizendo “Amor só de mãe””. Ai.. Esse amor é lindo!

Mas o amor entre o casal, esse é incontestável!

“Aninha era uma menina muito atraente e formava um belo par com o Juliano. Eles viviam fazendo planos para, um dia, casarem e terem 2 filhos, que seriam chamados de “Rodrigo” e “Larissa”. Eles queriam muito um casal de crianças.

Aninha fazia de tudo por Juliano. Se ele pedisse pra ela parar de usar um “shorts” muito curto, ela não usava mais e nem ligava pra o que as amigas falavam. Tudo na vida dela tinha um sentido pré-determinado por Deus: Conhecer o homem da vida dela e ser feliz ao seu lado. E como ela estava feliz.

Em um dia frio de inverno, Aninha queria que Juliano fosse visitá-la pois estava um pouco doente e sentia saudades dos cafunés que só ele sabia fazer. Resolveu ligar para a sua casa, mas a mãe dele avisou que ele tinha saído com uns amigos.

- Ah! Hoje é dia do futebol dele. Vou fazer uma surpresa e passar lá só pra dar um beijinho. Tenho certeza que ele vai adorar!

Quando ela chega, encontra um campo de futebol completamente vazio. Começa a discar incessantemente o número do namorado que não a atende. Resolve então procurá-lo pela cidade. O encontra em uma mesa de bar com a “sirigaita” da melhor amiga dele. Como ele poderia ter feito isso com eles? Como ele pode? Ela entra em depressão. Não quer mais viver e sofre por lembrar daquela cena. Nunca mais vai amar novamente e não acredita mais nos homens. Até que conhece o Felipe, rapaz que parece ser diferente. Ele é educado, bonito, charmoso, comunicativo e a família de Aninha o adora. Ele a pede em casamento. Que felicidade! Eles se casam e ela começa a sofrer com violência doméstica e outras brigas menores. Quanto aos votos eternos de amor feitos no altar na frente de todos os amigos? Estão sendo esquecidos na sala de conciliação, durante o processo de divórcio.”.

Ah! Quase esqueci... Pedi uma ajuda a vocês sobre o amor, não é?

Agora sim eu posso perguntar:

Vocês ainda acreditam que o amor existe?

Ou QUEREM acreditar que ele ainda existe?

Quanto ao título do texto, sou publicitário e sei que muita gente vai entrar pensando que vai poder copiar o que escrevi para entregar ao seu amado(a), desculpas. Mas, espero que leiam até o final.