Hoje fui buscar um medicamento na farmácia de alto custo (Rio Farmes),  vamos combinar que como o próprio nome já diz, são remédios com custo elevado para pacientes com doenças que precisam ser controladas. Juro que haviam mais de cem pessoas no local, tanta gente que as filas começavam do lado de fora do prédio. Fiquei um bom tempo na fila com pessoas visivelmente debilitadas, gente que havia chegado de madrugada e esperava a vez.
Infelizmente não havia medicamentos disponíveis para todos, e também não havia previsão de reposição. Não havia nada, e quem sente dor e está doente tem pressa.

Posso falar da minha experiência como usuária do imunossupressor leflunomida, que está em falta e que usamos para controlar a artrite reumatóide. Suspender o medicamento pode provocar uma recaída, que significa muitas dores, complicações  e a ativação da doença.
Há muitos medicamentos em falta, usados por uma infinidade de pacientes com todos os tipos de comprometimentos, riscos e sofrimento. Quantos vão conseguir aguardar a falta  dos remédios? Quantos vão entrar de licença? Quanto vão ter que começar um novo tratamento? 

O povo está doente, muito doente e abandonado; triste realidade da saúde no Brasil, a falta de medicamentos é nacional. Enquanto isso os hospitais públicos não conseguem atender as emergências, e eu não consigo imaginar o que vai acontecer com essa gente sem tratamento. Não há material, não há médicos, remédios, empregos, não há mais nada. 
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 10/10/2018
Reeditado em 10/10/2018
Código do texto: T6472129
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