Fios da Escuridão

Num sei quasi nada, só um bucadin, mi si fio. As estrela mi levaram para corrê o mundo intero e acabei voltando pracá pra aprende a ouvi muito e falá poco, assim sendo, consigo ouvi meus cabocos e eles conta uma istória di um povo que ganho vida pelas mãos du Criadô e essa vida era consciência para aprende a lidá cum o mundo da dualidade e sê luz aqui donde nada é nem claro nem escuro.

Dai entendi, mi si fia, que eu pirdi um tempão, correndo só atrás da luz, do distino; sem compreende a origem, o começo, quando nós num era luz não, nós era tudio feito de massa escura sem movimento até qui o Criadô nos animou ( num sabe? A tal da alma/anima) e essas istórias foram esquecidas por causa diquê o povo esquiceu e o povo esquiceu porquê parô di contá...

Dai, mi si fio, sabe que tem gente que podi aprende isso e outros que num aguentam essa verdade e precisam acreditá em avatá, num é? E dispos passa a acreditá que eles mermo são avatá, até a hora que cai a ficha e eles percebe - sem ficá doidio, esse preto espera - que o trabaio é aceitá tanto a luz quanto as sombra e fazê um trabaio aqui na carni bem feito.

Qui trabaio é esse? Vixe, aí é cum cada um, né, mi si fia?

Pai Franki da Estrada