SEMPRE COM AMOR!

Não é novidade para ninguém que sempre depois de uma longa batalha da noite por vencer a claridade, torna-se inócua a luta. Não quero frisar o óbvio, embora para muitas pessoas não seja tão claro assim. Por dois motivos: há pessoas que infelizmente não são providas do grande dom de Deus de enxergar e, inobstante, pessoas que embora enxergando não conseguem visualizar um palmo a frente do nariz, acredito ser este caso bem pior.

Ontem, dia 10 de setembro de 2007, ao passar numa Avenida de Belo Horizonte, Minas Gerais, mais precisamente, na Avenida Antônio Carlos, avistei uma faixa com os seguintes dizeres: "dia 31/08/2007, neste exato trecho, por volta das 17:00h, houve um acidente entre um veículo e uma moto, o motorista do carro não prestou socorro e, infelizmente, o motociclista faleceu. Quem tiver visto, favor ligar...".

Ora, a que ponto chegamos? Onde está os preceitos básicos de cidadania e de humanidade?

Sem querer fazer uma acusação leviana, não sei quem é pior: quem deveria prestar o devido socorro ou quem mesmo vendo o carro fugir, não informou nada à polícia. Que país é esse meu Deus! As pessoas não vêem mais nada, não sabem de nada e não querem ajudar com nada. Onde estão os princípios básicos de humanidade e solidariedade? Será que não percebemos que nossa omissão hoje, redunda, quase sempre, em fatores que amanhã podem reverter contra nós mesmos. E a dor dessa família que sabe simplesmente que houve um acidente, mas não se sabe quem foi ou foram os culpados?

Por falar em culpados, não seria o povo brasileiro, ou seja, nós, cidadãos e cidadãs culpados por tanta inação ante tantas barbaridades sociais. Basta ver como são atendidas as pessoas nas escolas, hospitais e demais repartições públicas. Daí, as escolas privadas se disseminaram pelo país. As famílias menos pobres pagam convênio médico, para não terem de enfrentar longas filas nos serviços de saúde pública e por aí vai... Será que é medo, covardia, hipocrisia em não desnudar o rei! Não sei. Sei apenas que é necessário mudar.

Não existe mudança que não seja regada sempre com amor, amor ao próximo e a si mesmo. Chega a ser paradoxal em nossos dias uma Grande assertiva de um Grande Mestre: "Amar ao próximo com a ti mesmo!" Será que estamos amando nosso próximo quando deixamos de agir! Será que amamos nosso semelhante com nossas omissões constantes ante tantos fatos graves sociais, políticos, etc.

Clovis RF
Enviado por Clovis RF em 11/09/2007
Código do texto: T648173