ABUSO DE AUTORIDADE DEVE SER COMBATIDO EM QUALQUER NÍVEL!

Talvez uma das matérias que têm faltado nas nossas escolas seja a disciplina “LÓGICA”. E não só lógica matemática , mas todo tipo de lógica: Lógica física, lógica didática, lógica histórica, lógica geográfica, lógica política, hermenêutica lógica. Isso só para exemplificar.

Talvez isso nos ajudasse a entender, por nossa conta e risco o mundo em que vivemos e a não dar ouvidos a uma classe política que só visa o próprio bolso, a uma justiça que de tão proba se assemelha a Deus e a uma imprensa despreparada e venal que só noticia o que é do interesse dos patrões, dos chefões, do “capital”. E assim, quem sabe, pudéssemos, por nós mesmos entender o que é certo, o que é errado o que é bom e o que não é bom para o nosso povo.

Verdade nua e crua que só elegemos analfabetos, ladrões e gente do mesmo gênero, mas, se são eles os nossos representantes, nada mais justo que sejam (os eleitos) uma amostra fiel do que realmente somos: analfabetos, desonestos, do tipo que só pensa em levar vantagem em tudo de que participa. - A mais nova é de que os pescadores daqui estão colocando formol nos peixes para aumentar o período de conservação.- É isso que somos. Pelo menos em regr mas, o pior que o mundo gira pelas regras e nunca pelas exceções.

Agora os políticos e os jurídicos estão na crista da onda. Aqueles laçados pela “lava jato”, estão pela primeira vez experimentando celas em presídios que eles mesmos construíram em contratos superfaturados. Estes, apavorados com a possibilidade de aprovação de uma emenda à Constituição Federal que os tornem normais e alcançáveis pelas mesmas leis com as quais decidem o que querem sem sequer ter a obrigação de segui-las, obedecê-las. – Os juízes decidem pelo seu convencimento, mas, esse convencimento nem precisa estar atrelado a nenhuma lei. – Porque então não serem também os membros do poder judiciário (em todos os níveis) submetidos a algum tipo de fiscalização?

História de arbitrariedades, de venda de sentenças e de crianças pobres para estrangeiros, é o que bem se vê por aí. Por isso entendemos que não deveria haver ninguém inalcançável. Precisamos pensar numa forma de fiscalizar os Tribunais de Contas, as Controladorias, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, as Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores e todo mundo que cuida da coisa pública. Os últimos acontecimentos envolvendo o STF nos deixa apavorados não só com as decisões prepotentes, mas também pelo medo de que uma hora dessas voltemos à maluquice de mais uma ditadura militar, que parece que é o que muita gente está querendo.

Vergonha e corrupção sempre foram a tônica no nosso meio político e, em assim sendo, não justifica a imagem da indignação que ora se desenha, quando temos constatado que aqueles em quem votamos se envolveram nalgum tipo de corrupção. O contrário é que deveria nos surpreender. Na nação africana o comum é ser negro , numa aldeia indígena, índio e, assim por diante. Nesse raciocínio lógico, ter um presidente, um deputado, um senador, um prefeito ou um vereador ladrão deveria ser entendido como natural. Legal e digno não poderíamos dizer que é, mas, normal, natural, sim, porque é esse o mundo em que vivemos. Claro que existem honestos probos, leais, mas, admitamos, somos minoria. Esse evento da lava-jato vai nos revelar quem realmente somos e em quem verdadeiramente votamos, e quem elegemos como nossos legais representantes.

Os membros dos “Três Poderes” esqueceram a harmonia indispensável à sua própria existência e ora se digladiam, numa quebra de braços, que só nos apavora sem entender o que realmente eles querem para nosso país, para nossa gente.

Justino Francisco dos Santos

Escritos. Em 17 de novembro de 2016.