ATEU, GRAÇAS A DEUS!

Acontecem coisas nas nossas vidas que nos fazem parar e refletir sobre tudo que acontece à nossa volta. Com os incrédulos também não é diferente.

Voltava da roça no último domingo, alegre com a estada agradável ao lado dos nossos familiares, das nossas crianças, dos nossos amigos e animais de estimação, quando, por volta das onze da manhã, ultrapassava uma carreta numa descida da BR 242, nas proximidades do Zuca. Eu dirigia, Sil e Preta Sil dormiam.

Num piscar de olhos desemboca do mato, para atravessar a pista uma raposa. Imaginei-me atropelando, sem querer por não ter qualquer opção de desviar ou frear o carro, aquele animalzinho lindo e inocente. Só me restou gritar oh! Deus!, E foi num tom tão alto que minha mulher e filha acordaram-se assustadas a tempo de ainda ver o animal entrando na mata. O meu grito de desespero parece ter sido ouvido pela raposa que voltou por cima do rastro e, de volta penetrou na mata. Confesso que chorei de alegria por não ter atropelado o bicho.

Ainda continuo pensando naquele episódio, sem encontrar uma explicação lógica para o desfecho maravilhoso. A alegria ainda me envolve o peito e me exige algum tipo de reflexão sobre a vida, como ela é.

Justino Francisco dos Santos

Escritos. Em 13.12.2016.