Considerações finais: a arte de fazer política

Não estou aqui para ensinar política a ninguém, mas contribuindo com quem queira e deseje entender os meandros dessa ciência.

A verdadeira cultura política, nos mostra dois parâmetros ideais, para quem quer enveredar nas entranhas dessa ciência.

O primeiro deles é o sistema perde-ganha. Assim como na vida pessoal precisamos aprender a ganhar e a perder.

Na política quando se perde, saber reconhecer a derrota é primordial na reconciliação dos polos, momentaneamente, divergentes em ideias. A isso chamo ajuste do princípio básico da gestão de pessoas em Administração.

Quando um indivíduo é eleito, ele governa para todos e não apenas para aqueles que o fizeram eleito. Este, pode até não me representar, mas democraticamente devo me sentir inserido na decisão tomada pela maioria absoluta. Isso é ser democrata e zelar pela democracia.

O segundo sistema é o modelo ganha-ganha. Este constitui o modo ditatorial, corrosivo das boas práticas democráticas. É o poder pelo próprio poder, a inflamação do discurso, pela desconstrução do oponente, mesmo depois de eleito.

Superar as divergências em prol do bem-estar coletivo, e do fortalecimento democrático faz-se necessário, para uma política construtiva e desenvolvimentista. Para os eleitores, nada é mais velho do que a eleição de ontem.

Não se aprende política, quando não se é maleável, permitindo enraizar-se por víeis radicais e totalitários.

A política só é saudável, para quem sabe jogar o jogo. Aprender a politicagem destrutiva, prolongar a divergência de um pleito, não é, e nunca será a arte de fazer política.

Rio de Janeiro, 30/10/2018
Feitosa dos Santos